O presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antonio Galvan, afirmou que a “quebra” na safra de milho no Nortão deve ficar entre 25% a 30%. Algumas chuvas isoladas que caíram na região nas semanas anteriores ajudaram a “segurar” a perda na produtividade do grão nas lavouras. Ontem choveu em parte do município de Sinop. Já o cenário para o restante do Estado é de quebra de, no mínimo, 40% da safra. A chuva neste momento é prejudicial a lavoura de milho. De acordo com Galvan, como a espiga do milho já está formada e virada para cima, a água da chuva entra e fica parada dentro da palha. Isto pode ocasionar o que se chama de grão ardido (danificado). Isto tira o valor do produto. “Chuva neste momento do plantio apenas atrapalha. Ela [chuva] era necessária quando a planta está germinando. Isto pode causar mais prejuízo”, ressaltou, em entrevista ao Só Notícias/Agronotícias.
A colheita das lavouras de milho na região deve iniciar, segundo o presidente, a partir do dia 20 deste mês e terminar no final de julho ou início de agosto. Conforme Só Notícias/Agronotícias já informou, além da falta de chuva, outro fator que prejudicou a atual safra de milho foi o atraso no plantio da soja no Estado. O presidente do sindicato afirmou, na oportunidade, que se o plantio da oleaginosa tivesse acontecido por volta de 20 dias antes, não haveria este problema.
Os produtores acreditavam em uma boa produtividade do milho neste safra, mas com esta falta de chuva a situação mudou. Havia até a expectativa de superar a produção da safra 2009/10, que chegou a 8,4 milhões de toneladas. Pela estimativa divulgada, no início de abril, pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) a produtividade da safra 2010/11 deverá ficar em 7,5 milhões de toneladas. Um recuo de 10,1%.