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Sindusmad reforça luta por eclusas em hidrovia para transportar madeira

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O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmad), José Eduardo Pinto considerou “inadmissível a construção da usina (hidrelétrica, no Teles Pires) sem as eclusas para viabilizar a hidrovia (Teles Pires-Tapajós). No contexto, não é um gasto tão alto para não justificar a construção somente de usinas sem contemplar as eclusas”, apontou. O setor madeireiro também defende a implantação da hidrovia, ligando o Nortão ao porto no Pará para transportar ao exterior parte da produção madeireira, além de grãos.

Ele lembrou que, em países do primeiro mundo, foi exaustivamente comprovado que o transporte hidroviário proporciona frete até quatro vezes mais barato do que o rodoviário e com inúmeras outras vantagens. Este é o motivo principal da perda de competitividade dos mato-grossenses para os norte-americanos, apesar da eficiência dos produtores locais com mais baixos custos de produção e de produtividade 10% maior.

Eduardo acrescentou que existe uma disputa regional para que a hidrovia não seja instalada no Norte de Mato Grosso, mas sim, na região de Juruena. No entanto, muitos fatores contribuem para que a região norte do Estado é que seja contemplada. A título de esclarecimento as eclusas são o caminho por onde as embarcações passarão pelos rios onde estão instaladas hidrelétricas, por isso é necessário que sejam construídas junto com a usina, senão a atividade hidroviária fica inviabilizada. A economia local, além de outros segmentos, conta com setor de base florestal, braço forte da economia regional que, somente em 2010, nos 27 municípios localizados no entorno do projeto teve mais de 45 mil Guias Florestais (GF1) liberadas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), o que significa a comercialização de mais de cinco milhões de metros cúbicos toras de madeira nativa, que movimentaram mais de 170 mil cargas no período. A madeira é colhida através do manejo florestal sustentável, que é a maneira legal de utilizar a floresta economicamente mantendo-a em pé. A floresta renovada seqüestra carbono, além do baixo impacto com que as toras são colhidas.

O segmento, nesta região, é responsável por 37,8% da arrecadação do Fethab da madeira do Estado. A indústria madeireira corresponde a 18,8% do Produto Interno Bruto (PIB) da cidade de Sinop, o equivalente a R$ 225 milhões. A nível nacional, o índice é de 4%, informa a assessoria do Sindusmad. Nas cidades do eixo, no ano passado, o setor de base florestal totalizou suas vendas de produtos da madeira em pouco mais de R$ 1,5 bilhões somente com matéria-prima oriunda destas cidades, das quais, 371 mil metros cúbicos foram destinados à exportação e 7,82 milhões de metros cúbicos vendidos ao mercado interno.

Sinop é um forte exemplo a ser citado. É um pólo em todas as atividades, além de processador de matéria prima de toda a região. Atualmente, a produção local é escoada pelos portos do Sul do país. São mais de 2.400 quilômetros percorridos até os portos para o escoamento.

Segundo o IBGE, a cada milhão reinvestido na economia, são gerados entre 30 e 60 empregos na região; portanto, fazendo uma projeção mínima, através dos mais de 2,3 bilhões que serão economizados anualmente com o frete através da hidrovia na região do Teles Pires (somente para escoar a produção), será obtida a geração de 70 mil novos empregos.

José Eduardo Ponto também participou da audiência pública da Assembleia Legislativa, realizada na 6ª feira em Sinop, para tratar das exclusas da hidrovia, na Usina Hidrelétrica Teles Pires. Ele também representou a Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), a pedido do presidente da instituição, Jandir Milan.

A audiência que aconteceu na sede do Sindicato Rural foi solicitada pelo Grupo de Trabalho Pró Hidrovia Teles Pires/Tapajós que discute as questões relacionadas à implantação da usina em Sinop, constituído por 15 entidades de classe.

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