A produção de leite em Mato Grosso é de 2,3 milhões de litros ao dia. O setor movimenta R$ 420 milhões por ano e gera mais de 40 mil empregos diretos no campo. Só para se ter uma ideia, o leite é a principal atividade econômica de aproximadamente 40 mil famílias que vivem da agricultura familiar.
Para melhorar a qualidade do leite, os produtores terão que adequar-se à Instrução Normativa 51, que estabelece regras para a produção, industrialização, transporte, conservação e manuseio do produto. O produtor que não atender as normas pode ter o produto negado pelos laticínios e cooperativas.
Para continuar nesta atividade, muitos produtores rurais não têm condições financeiras para atender a IN 51, por isso o secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), Jilson Francisco da Silva, está reunido no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com o Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri) para falar da situação atual de Mato Grosso. "Cerca de 50% dos produtores não têm condições de adequarem à lei que entra em vigor dia 1º de julho deste ano. Participam desta discussão secretários de Agricultura de todos os Estados brasileiros, grande parte enfrenta o mesmo problema.
O secretário apresentará na tarde desta terça-feira (22.03), duas propostas ao Ministro de Agricultura, Wagner Rossi. A primeira proposta é quanto a extensão do prazo da Instrução Normativa 51 e a segunda é sobre criação de uma linha de financiamento em caráter emergencial, através dos programas oficiais com juros baixos e carência para dar condições de todos os produtores de leite de Mato Grosso fazerem as correções e adequações necessárias para atender a resolução.