O nível de atividade da construção civil diminuiu em janeiro, ficando em 47,2 pontos. É a primeira redução mensal desde que o indicador foi criado, há um ano. Em comparação a dezembro de 2010 (51 pontos), o recuo foi de 3,8 pontos e, em relação a janeiro de 2010 (50,5 pontos), de 3,3 pontos. Mesmo assim, o setor mostra-se mais otimista, informou hoje (23) a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Na pesquisa foram ouvidas, entre 31 de janeiro e 14 de fevereiro, 390 empresas, sendo 190 pequenas, 148 médias e 52 grandes. Mesmo com a queda, a CNI avaliou que ainda é cedo para concluir que há problemas no setor, já que fatores sazonais podem ter influenciado a sondagem.
O nível de atividade efetiva em relação ao usual (que mostra se a atividade apresentou comportamento diferente do esperado para o período) situou-se em 51,6 pontos em janeiro, acima dos 50 pontos, o que mostra que a atividade não está desaquecida. A avaliação leva em consideração uma escala de 0 a 100, em que valores acima de 50 indicam crescimento da atividade.
Por porte de empresas, as pequenas registraram a maior retração. Depois, vêm as médias e, por último, as grandes. O maior declínio ocorreu entre as empresas de obras de infraestrutura, seguidas por aquelas de serviços especializados e de construção de edifícios. O número de empregados no setor ficou praticamente estável em janeiro.
Para os próximos seis meses, os empresários da construção civil esperam que o nível de atividade atinja 63 pontos ante os 61,9 pontos da pesquisa de janeiro. Sobre a expectativa em relação a novos empreendimentos e serviços do setor, o indicador apresentou uma melhora, ao passar de 62,8 pontos para 63,3 pontos. No que se refere à compra de insumos e matérias-primas, também houve aumento, de 59,9 pontos para 61,5 pontos.