O presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, acredita que computadores portáteis do tipo tablet (em forma de prancheta, sem teclado físico) fabricados no Brasil poderiam custar entre R$ 800 e R$ 1 mil, preços similares aos praticados em outros países. Mas, para que os preços caiam, seria preciso incluir os tablets no programa Computador para Todos, que prevê redução de impostos para equipamentos de informática.
Barbato, que se reuniu hoje (4) como ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que a inclusão desse tipo de computador portátil no programa de incentivos fiscais "vai facilitar a introdução do produto no país". O presidente da Abinee informou que, com o incentivo, fabricantes de computadores com fábricas no Brasil conseguiriam colocar os tablets no mercado nacional em, no máximo, quatro meses.
"O governo também quer baratear o tablet, porque faz parte da política de informática", disse Barbato. Além do apoio do governo federal, no entanto, o setor industrial considera fundamental a participação dos estados, com a desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Barbato lembrou que o Brasil é o terceiro maior mercado de computadores do mundo e que algumas empresas, como a Apple, estão percebendo que perdem oportunidades por não ter fábricas no país. Na última quarta-feira (2), a vice-presidente mundial para Assuntos Governamentais da Apple, Catherine Noveli, esteve no Ministério das Comunicações para se reunir com o ministro Paulo Bernardo.