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Governo insiste em salário de R$ 545 e frustra sindicatos

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje (4) que o governo federal vai manter em R$ 545 o valor proposto para o salário mínimo. Depois de se reunir com representantes de seis centrais sindicais, Mantega insistiu que o valor foi estabelecido por regras previstas em um acordo fechado entre governo e sindicalistas em 2007 e, portanto, será mantido.

O acordo determina que o salário mínimo seja reajustado com base na inflação acumulada em um ano, mais o percentual do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano anterior. Como em 2009 o PIB brasileiro encolheu, em 2011, o acordo prevê que o salário mínimo seja reajustado com base somente na inflação. Isso daria os R$ 545. "É o cumprimento estrito de uma regra estabelecida pelos trabalhadores", disse o ministro.

Mantega acrescentou ainda que o governo pretende estender esse acordo para os próximos anos. Isso já garantiria um aumento superior a 10% para 2012, visto o crescimento do país no ano passado.

Ele afirmou também que o governo quer reajustar a tabela do Imposto de Renda (IR) e discutir um aumento para os aposentados. Contudo, isso tudo seria negociado em conjunto.

As centrais, porém, não concordam com governo. Segundo as entidades, a posição irredutível sobre o salário mínimo de 2011 prejudica as negociações dos outros pontos em pauta e atende somente aos interesses "do mercado".

"Achamos que sempre que o governo aplica o dinheiro no povo, há ganho", afirmou o presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. "Durante o governo do presidente Lula foi assim e nós vimos os resultados."

Segundo Paulinho, a atitude do novo governo representa uma ruptura com a do governo Lula e frusta os trabalhadores. Ele avisou ainda que, se a situação não mudar, as centrais organizarão outras manifestações pedindo um salário mínimo maior. "Se essa for a posição do governo, eles vão ter que derrotar as centrais."

O secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho, atenuou as críticas das centrais sindicais. Ele ressaltou que o governo está comprometido com os trabalhadores. "Defendemos os direitos dos trabalhadores do país."

Carvalho afirmou também que ministros e centrais devem se reunir novamente na semana que vem ou na outra para debater o salário mínimo, a correção da tabela do IR e aumento para os aposentados. As centrais pretendem continuar negociando, mas já avisaram que, caso não haja acordo, vão tentar uma definição sobre esses pontos com o Congresso Nacional.

Além de Mantega e Carvalho, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, também participou do encontro. Representantes da CUT, Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral do Trabalhadores (UGT) e Nova Central estiveram na reunião.

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