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Quantidade de contas atrasadas continua alta

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A inadimplência média no Brasil continuou não cedendo em setembro, mantendo-se em níveis elevados, mesmo com as pequenas reduções nos spreads bancários em geral, mostrou o BC (Banco Central) nesta sexta-feira (26).

A taxa de atrasos nos pagamentos acima de 90 dias, segundo o BC, permaneceram em 5,9 por cento no mês passado. É o terceiro mês seguido que a inadimplência que se mantém no mesmo patamar. Para pessoas físicas, a taxa permaneceu em 7,9 por cento em setembro e, para empresas, apresentou leve recuo de 0,1 ponto, para 4 por cento, sobre agosto.

O principal vilão tem sido o crédito automotivo, que acumula os maiores calotes. No mês passado, a taxa desse segmento subiu 0,1 ponto percentual, para 6 por cento, próximo do recorde histórico de 6,1 por cento atingido em maio deste ano.

O BC informou ainda que a taxa média de juros para pessoa física voltou a subir depois de seis meses consecutivos de queda, passando de 35,6 para 35,8 por cento em setembro. Na média, o juro recuou 0,2 ponto, para 29,9 por cento, puxado pelo segmento de pessoas jurídicas, cujas taxas médias caíram 0,5 ponto, para 22,6 por cento.

O governo tem travado uma batalha com o sistema financeiro privado para forçar a queda nas taxas de juros cobradas dos clientes e, para isso, tem usado os bancos federais Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

Esse movimento abalou a rentabilidade das principais instituições financeiras privadas do país. O lucro do Itaú Unibanco, por exemplo, encolheu mais de 10 por cento no terceiro trimestre na comparação anual, com aumento das provisões para calotes e queda da margem financeira.

O BC informou que o spread bancário total – diferença entre o custo de captação do banco e a taxa efetivamente cobrada do consumidor final – atingiu 22,3 pontos percentuais em setembro, contra 22,5 pontos no mês anterior.

Para pessoa física, no entanto, houve alta de 0,2 ponto percentual no mês passado, a 27,9 pontos. Para empresas, a taxa recuou 0,4 pontos, a 15,3 pontos.

O estoque de crédito cresceu 1,1 por cento em setembro, chegando a 51,5 por cento do PIB (Produto Interno Bruto), ou 2,237 trilhões de reais.

O BC informou que a greve dos bancários e o menor número de dias úteis em setembro – quatro a menos que agosto – afetaram o resultado das concessões voltadas a pessoa física, com queda de 14,1 por cento sobre agosto. Na média diária, por outro lado, as concessões para pessoa física cresceram 4 por cento.

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