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Cuiabá e Várzea Grande têm cerca de 10 mil postos de trabalho desocupados

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Cuiabá e Várzea Grande, 2 cidades, 2 gestores e o mesmo desafio no mercado de trabalho. Separados por um rio, os municípios compartilham a "sorte" da expansão na oferta de empregos, seja pela Copa do Mundo ou pelo crescimento econômico do Estado recordista na produção. Mas, na contramão desse cenário promissor, se deparam com o despreparo da mão de obra da população e assistem a abertura de postos de trabalho que não preenchidos.

É o que revela o Sistema Nacional de Emprego (Sine) no balanço dos 8 primeiros meses de 2012. Em Cuiabá, 3,400 mil trabalhadores foram inseridos nas 13,293 mil vagas oferecidas no Sine, o que representou uma sobra de cerca de 10 mil postos e 82,4% de desempregados de um total de 19,258 mil inscritos. A situação é ainda mais grave na cidade vizinha. Dos 8,083 mil inscritos no Sine de Várzea Grande, 94,5% ainda aguardam uma oportunidade, alcançada por apenas 441 trabalhadores dentro das 2,813 mil vagas ofertadas pelas empresas, que permanecem vazias ou foram ocupadas por profissionais de outras regiões.

Aos 25 anos, Valdivino de Almeida, começou a "escrever" uma história profissional diferente. Concluiu o curso de eletricista de automóveis e quer a carteira de trabalho assinada. "Proporcional a outros estados, o desemprego na baixada cuiabana está no índice aceitável de 5%", avalia o superintendente de Trabalho e Emprego em Mato Grosso (SRTE/MT), Valdiney Arruda, frisando que a preocupação está ligada diretamente na qualidade da preparação da faixa etária mais jovem, que possui o maior índice de desemprego. O principal desafio dos dois novos prefeitos, segundo o superintendente, é preparar esse grupo em situação vulnerável, proporcionando a inclusão social pelo mercado de trabalho.

Mas a dificuldade de inserção dos jovens e adultos não se restringe ao problema da falta de qualificação, aponta a economista Rosângela Saldanha, destacando a necessidade de aumentar a escolaridade formal desses trabalhadores que não tem acesso a cursos que exigem a conclusão de 1º e 2º graus. Situação se complica ainda mais porque jovens de 15 e 18 anos estão abandonando as escolas. Para a especialista, essa é uma política de longo prazo e os gestores perderam pontos na história. "Enquanto não se tratar isso de forma coordenada (nas pastas de educação, trabalho, indústria, desenvolvimento, etc), a população cuiabana e varzea-grandense vai pagar o ônus de ver os seus empregos ocupados por pessoas de outras estados"

Caso esse quadro não se reverta, conforme Arruda, a baixa já registrada em algumas atividades econômicas por falta de trabalhador trará uma inversão e o "boom" do desenvolvimento será freado pela falta de mão de obra qualificada. Fato que preocupa também o Governo do Estado, que busca parcerias com a SRTE para atrair trabalhadores mato-grossenses para suprir a carência de funcionários nas obras da Copa. ‘Estamos com dificuldade de contratação de mão de obra e buscamos o apoio do Ministério do Trabalho para que possamos suprir a carência, valorizar os trabalhadores daqui e cumprir a legalidade trabalhista‘, afirma o secretário Maurício Guimarães.

 

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