O economista, apresentador do programa Manhattan Connection da Globonews e presidente da Ricam Consultoria, Ricardo Amorim, descartou a possibilidade do Brasil enfrentar uma bolha imobiliária e ainda admitiu uma possível queda, ainda que leve, nos preços dos imóveis.
Em artigo publicado na última terça-feira (7) na Revista IstoÉ, Amorim disse que o País não reúne as condições observadas em nações que já passaram por alguma bolha imobiliária em sua história, como forte atividade da construção, com alto consumo de cimento (superior a 400 Kg per capita); preços muito elevados em relação à capacidade de pagamento das pessoas; ou a superioridade do crédito imobiliário em 50% do PIB (Produto Interno Bruto).
"O ar que infla qualquer bolha de investimento, imobiliária ou não, é sempre uma abundante oferta de crédito. Ela possibilita que investidores comprem algo que não poderiam apenas com suas rendas. Todas as bolhas imobiliárias que encontrei estouraram quando o total do crédito imobiliário superava 50% do PIB e, em alguns casos, passava de 130% do PIB. Nos EUA, em 2006, um ano antes dos preços começarem a cair, era de 79% do PIB. No Brasil, apesar de todo crescimento dos últimos anos, este número é hoje de 5% do PIB", escreveu.
Preços
Sobre os preços dos imóveis, o economista não acredita que eles continuarão subindo no mesmo ritmo dos últimos anos.
Para ele, o mais provável são altas mais modestas e, em alguns casos, até pequenos ajustes para baixo.