Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo), Aldo Locatelli, alertou, neste sábado, que muitos postos encontram entraves para comprar combustíveis ainda sem reajuste. Uma majoração de 6% nas refinarias foi anunciada pela Petrobras na última quinta-feira. Locatelli avisa sobre o risco de muitos postos ficarem sem produtos, principalmente óleo diesel. “Em Rondonópolis, já está faltando diesel. Em Cuiabá, empresários reclamam da demora na entrega de combustíveis nos postos”, pontua o presidente do sindicato.
A situação está ligada ao preço do frete. Segundo um distribuidor ouvido pelo Sindipetróleo, está havendo dificuldades de se negociar o preço do transporte e, portanto, de contratar o carregamento de combustíveis. Adequações às novas exigências da legislação do motorista é um dos motivos do aumento do custo do transporte.
O período de colheita de safra do milho e do algodão também deixa as contratações de motoristas mais competitivas. Conforme recente previsão da Associação dos Transportadores de Carga do Mato Grosso (ATC), o preço do transporte pode sofrer alta de 40% por conta destes cenários.
A dificuldade de se negociar o preço do frete neste período, em que foi anunciado reajuste de 6% no valor do óleo diesel pela Petrobras, favorece a estatal, que passará a vender o diesel mais caro a partir das refinarias já na próxima segunda-feira (16). “Toda esta situação merece uma reflexão do consumidor final, o maior afetado com tudo isto. O frete não teve reajuste durante muito tempo e agora o aumento será alto e de uma vez, o que vai impactar o preço final dos produtos”, analisa Aldo Locatelli. “Esperamos que as autoridades busquem soluções práticas para ao menos minimizar toda esta majoração”, completa.