O preço da terra sinopense sofreu valorização de 75% desde 2010 (quando o hectare estava avaliado em R$ 12 mil), atingindo atualmente a faixa de R$ 21 mil e foi destaque do jornal Estado de São Paulo. Os números foram contabilizados pelo Instituto Mato-grossense de Agropecuária (Imea) e, na avaliação do presidente do Sindicato Rural, Leonildo Bares, as limitações ambientais para abertura de áreas agrícolas são um dos principais fatores que resultam na valorização das áreas já utilizadas para agricultura.
Outro motivo, segundo Bares, é a escassez de alimentos. “É uma tendência mundial a valorização de terras destinadas à produção de soja e milho”, destacou à reportagem. O presidente apontou ainda que o preço da área pronta para plantio de soja aumentou porque este é o tipo de terra que dá retorno imediato ao produtor. Ele observou também que os altos preços são sustentados por produtores da região. “São os próprios vizinhos que pagam caro. E esses negócios fechados acabam inflacionando as cotações”, disse.
O Estado é o principal produtor de grãos como soja, milho segunda safra, algodão girassol e criação de bois no país. Mundialmente, Mato Grosso ocupa a quarta posição do ranking. Conforme a publicação, Mato Grosso tem 62% do território (56,02 milhões de hectares) preservados, sendo que do total, dois terços estão nas propriedades rurais e um terço em áreas protegidas como Unidades de Conservação e Terras Indígenas. A área apontada como produtiva atinge 38% do território estadual. Destas, 32,4 milhões de hectares são destinados à agropecuária e, 1,89 milhão de hectares é para outras ocupações.