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Linha de energia em Mato Grosso é leiloada com deságio de 43%

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Os cinco lotes do leilão de transmissão de energia ofertados hoje (9) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), na sede da BM&F Bovespa, tiveram deságio médio de 38,38%. Os dois arremates mais expressivos tiveram participação chinesa em parceria com a Companhia Paranaense de Energia (Copel).

O maior lote foi o das linhas de transmissão, que prevê uma extensão de 1.005 quilômetros em Mato Grosso, cuja receita máxima anual permitida era R$ 221,8 milhões e acabou sendo arrematado com deságio de 43% pelo consórcio Sino-Copeliano. O consórcio é formado pela Copel Geração de Energia S.A. e o State Grid Brazil Holding S.A., que ofereceu receita máxima de R$ 126,4 milhões.

O segundo maior lote, referente a investimentos em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, teve deságio de 36,96%, com oferta de receita de R$ 73,08 milhões, ante R$ 115,9 milhões no início do leilão. O lote foi arrematado pelo consórcio Guaraciaba, formado pela Copel Geração de Energia S.A. e o grupo chinês State Grid Brazil Holding S.A.

Nos demais estavam incluídos os investimentos previstos no Amazonas, que em leilão anterior não tiveram nenhum interessado. Desta vez,ele foi arrematado pela Eletronorte, com deságio de 8,98% e valor de R$ 7,80 milhões, ante receita máxima inicial de R$ 7,7 milhões.

Já o lote D, relativo a linhas de transmissão na Bahia, teve deságio de 5% e foi arrematado pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), com valor de R$ 10,6 milhões, ante R$ 11,2 milhões como teto máximo estabelecido pela Aneel.

O último lote negociado foi o de investimentos na subestação da zona oeste, no Rio de Janeiro, arrematado por Furnas Centrais Elétricas, com deságio de 2%.

Embora tenha sido obtido um alto deságio, o diretor da Aneel, Nelson Hubner, disse que o resultado não o surpreendeu. Ele considerou um êxito esse resultado e anunciou que ao longo deste ano, ocorrerá grande volume de licitações para transmissões de energia. Os investimentos estimados em todas as obras que foram a leilão hoje alcançam R$ 2,9 bilhões, que deverão ser feitos no prazo de 18 a 32 meses.

Segundo a Aneel, o total de investimentos neste ano, incluindo o valor de hoje, deve chegar a R$ 6 bilhões.

 

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