Mais de 150 empresários, donos de mecânicas, retíficas, autoelétricas entre outras devem se reunir, na próxima segunda-feira, às 19h, no shopping, para criar uma associação que tem como principal finalidade dar destinação correta ao lixo produzido diariamente. O primeiro passo é montar a diretoria da associação e estatuto e começar a viabilizar soluções ecologicamente corretas para óleos lubrificantes, estopas, graxa, entre outros resíduos, visando também baratear os custos, promover cursos para melhorar a mão de obra e facilitar linha de crédito ao setor.
O empresário Jocemar Colissi, um dos defensores da associação, explicou que há um ano os empresários estão organizando a entidade e definindo um estatuto que deve ser avaliado. "O nosso objetivo é dar um destino correto a estes materiais, pensando tanto no meio ambiente, como também na questão financeira, pois hoje quem joga o óleo direto no ralo corre o risco de ser multado", conta.
Na empresa de Colissi mensalmente há 600 quilos de resíduos, sendo que o gasto mensal para eliminá-los é de R$ 1,2 mil. "É praticamente o pagamento de um funcionário", compara. Atualmente, os empresários estão armazenando nas próprias oficinas o material, e, quando não há mais espaço suficiente uma empresa é acionada para fazer o recolhimento e a destinação correta.
Ele explica que, depois de ser criada a associação, cada empresário vai armazenar os resíduos na própria empresa e será feita a coleta no local. "Assim vamos gastar menos, pois pagaremos frete somente uma vez", ressalta.
Dentre este meio tempo de estruturação, os representantes do setor firmaram uma parceria com a prefeitura, e com a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente. O secretário de Governo, Ari Lafin, explica que um barracão deve ser construído, próximo ao ecoponto, ao lado do aterro sanitário que está interditado, para armazenar este tipo de material.
Conforme Lafin, o barracão ainda não tem data para ser construído, mas a ideia é que sirva também para lixo eletrônico, entre outros resíduos que podem ser reaproveitados. "Nós queremos montar um núcleo para cuidar deste setor no município, temos que pensar nisto, pois o objetivo é tornar o lixo de Sorriso totalmente sustentável", adianta o secretário.
Por enquanto, a contrapartida da prefeitura é oferecer assessoria jurídica aos empresários.