Dia 15 de março é a data limite que o Partido da República fixou para definir se volta ou não à base do governo Dilma. O líder do PR no Senado, Blairo Maggi, disse que é o governo quem precisa mostrar qual o espaço da sigla e se quer tê-los como aliados. A decisão foi manifestada para a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvati, ontem à tarde.
"Queremos saber qual o tamanho do partido? Ele é ou não é Governo? Viemos buscar uma solução para esse assunto e queremos uma definição clara até dia 15. Até lá, teremos uma agenda com a presidente Dilma exatamente para fechar a posição a cerca disso", disse Blairo.
Questionado sobre esse posicionamento do PR, uma vez que, a sigla não deixou de atuar na base aliada de Dilma, Maggi concorda, mas, alerta que na Câmara dos Deputados se não houver consenso, não haverá mais esse apoio. "O partido realmente acompanhou o Governo em todas as votações depois de julho do ano passado, mesmo depois de ter saído do Ministério dos Transportes. Mas, pela Câmara (onde o assunto é mais sensível), se o PR não tiver um espaço no Governo essa ‘volta oficial" não vai acontecer e então, deve haver alguma liberação de bancada, algo do gênero", ressaltou o senador.
Segundo Blairo, o PR está disposto a voltar à base (de fato e de direito), mas, depende do Governo dizer o que espera da sigla. "Hoje, colocamos um prazo para que isso seja definido, precisamos saber qual o tamanho do partido e não seremos nós quem decidiremos qual espaço devemos ter, esperamos é que o Governo faça isso", pontuou Maggi.
Quanto ao fato do atual ministro dos Transportes, Paulo Sérgio, ser do Partido da República – e ter permanecido no cargo após a queda de Alfredo Nascimento -, o líder foi mais uma vez categórico, ‘nossa posição continua a mesma, ele foi uma indicação pessoal da presidente Dilma e embora seja do PR não consideramos da cota do partido, aliás, se considerássemos não estaríamos mais discutindo sobre isso", reiterou.