A Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp) afirmaram que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de reduzir em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros foi "tímida". De acordo com a Fiesp, o Copom poderia ter sido mais ousado no processo de redução da Selic, que passou de 11% para 10,5% ao ano.
No comunicado, essas entidades argumentaram que a crise econômica europeia abriu espaço para uma queda mais acentuada dos juros e a taxa praticada no Brasil poderia ficar mais próxima da existente no resto do mundo.
"A crise está provocando uma queda no valor internacional das commodities e reduzindo a demanda geral por produtos. Isso gera uma menor pressão sobre os preços. Então está claro que, no Brasil, não teremos pressão da inflação e que, portanto, temos espaço para baixar os juros", diz a nota.
Segundo a entidade, juros menores vão ajudar na produção, na geração de empregos e no desenvolvimento do país. "Não podemos desperdiçar mais uma oportunidade de colocar o país no rumo do crescimento. O momento é grave e o governo não pode se omitir", disse Paulo Skaf, presidente da Fiesp, no comunicado.