Os produtores encerram a colheita do milho no Estado. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) informou no último boletim de acompanhamento da safra, que as colheitadeiras já atingiram 99,6% dos pouco mais de 3 milhões hectares cultivados. 56,3% das 18,7 milhões de toneladas projetadas foram vendidas (o que corresponde a 10,3 milhões).
Mesmo com mais da metade da safra vendida, o Imea destacou que ainda são aguardados leilões do governo como medidas para sustentar os preços do cereal, e assim garantir as negociações, que continuam lentas, apesar do avanço em julho. “O avanço mensal da comercialização de 13% em julho corresponde a 2,43 milhões de toneladas negociadas apenas no último mês. Destes, 95,4% de todo o milho negociado foi realizado através dos leilões do governo, o que corresponde a 2,3 milhões de toneladas, ou seja, apenas 111,6 mil toneladas foram negociadas “fora” dos leilões”.
Conforme o instituto, diante dessa situação fica clara a extrema necessidade neste momento dos leilões para estimular as negociações do cereal, que seguem bastante lentas. “As cotações começaram a reagir aos leilões, todavia, os atuais patamares de preços do milho de R$ 11/sc no Estado não cobrem nem seu custo de produção e acabam se tornando obstáculos para estimular as negociações”.
O Imea prevê que a situação pode se agravar ainda mais, “se considerarmos a concorrência do milho norte-americano, que deve adentrar já no próximo mês no mercado, com logística, de longe, mais eficiente que a de Mato Grosso, podendo se tornar outro entrave para as negociações do cereal”.
De acordo com o instituto, após tendência de queda nas últimas cinco semanas, as cotações do milho no mercado futuro da bolsa de Chicago exibiram valorização no preço do cereal na última semana perante corte na estimativa de safra de milho norte-americano. “O contrato com vencimento para set/13 subiu 0,4% na semana e encerrou a última sexta-feira a US$ 4,73/bu, representando R$ 26,86/sc”.
No mercado mato-grossense, as cotações avançaram mais, com incremento semanal de 10,0%, fechando o preço médio de R$ 11,44/sc no Estado. “A reação dos preços no mercado interno ocorre em reflexo às comercializações do milho através dos leilões do governo. Todavia, ainda bastante inferiores aos R$ 22,00/sc cotados no mesmo momento do ano passado”.