PUBLICIDADE

Compra por impulso em supermercados é mais frequente em famílias da classe C

PUBLICIDADE

A oniomania – mania de comprar sem parar, gastar mais do que ganha e na maioria das vezes sem necessidade – deixou de ser um problema de desequilíbrio financeiro apenas nos shoppings, e invade também os supermercados. Levantamento realizado em junho com 604 pessoas a pedido da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) para analisar como o brasileiro lida com as ferramentas de crédito aponta que de todos os entrevistados (em todas as capitais do país), 34% disseram gastar mais do que o planejado quando estão nos supermercados contra 25% em shopping centers, seguido pelas compras realizadas em lojas online e site de compras coletivas, com 19%.

Segundo a pesquisa, as compras sem planejamento nos supermercados são mais recorrentes entre as famílias da classe C. Nessa faixa salarial, 40% admitiram que são mais impulsivos nos supermercados, enquanto nas classes A e B o percentual cai para 29%. Outro motivador para a compra por impulso é a presença de crianças. Pelo menos 26% dos entrevistados no supermercado afirmaram não resistir aos pedidos dos filhos, adquirindo mais produtos que planejavam. Entre os pais que têm crianças de até 6 anos, o percentual aumenta para 37%.

Sobre o fato de o impulso ser maior na hora de comprar alimentos, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL) reforça que isso acontece por motivos da graduação social. Como boa parte das famílias de classe média brasileira não faz planejamento financeiro familiar acaba adquirindo supérfluos e caindo na lista de impulso. A CDL de Cuiabá acrescenta ainda que os supermercados, cada vez mais, agregam serviços e comodidades que atraem os consumidores, tornando um ponto de preferência em produtos e serviços, sendo compatível com o ritmo de vida observado atualmente.

A advogada Luciana Ramos é casada e mãe e confirma a tese de que muitos brasileiros não comparam preços na hora de comprar. "Eu faço compras por semana, não frequento mercados em dias de promoção porque odeio filas e sempre trago meu marido e filho, que também adoram colocar produtos no carrinho sem nem olhar o valor e quando
chega a hora de pagar, temos aquela bela surpresa".

Já a auxiliar de viveirista, Luciane Fernandes, vai ao mercado com o marido e o filho de 5 anos, que ajuda a fugir do planejado. "Meu filho já tem vontades próprias. Ele pega o que lhe chama atenção e vai colocando no carrinho. Eu já calculei R$ 200 de diferença na conta quando trago ele."

O economista Carlos Campos, destaca que o problema do brasileiro é realmente o fato de não saber distinguir o necessário do dispensável. "As famílias brasileiras estão longe de saber organizar a vida financeira e pior ainda
quando se trata de abastecer a dispensa. Compram produtos e alimentos que não têm utilidade para aquele
momento".

Para evitar o gasto desnecessário ele dá dicas para evitar comprar sem pensar. "É essencial o planejamento orçamentário, observar a oferta e demanda, pesquisar valores em pelo menos 2 supermercados diferentes, e se possível deixar as crianças em casa. Por fim, mas não menos importante, leve uma calculadora para ter uma base de quanto está gastando e não levar um susto ao chegar no caixa".

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Com desempenho acima da média nacional, produção industrial de Mato Grosso cresce 4,6%

Mato Grosso registrou crescimento de 4,6%, acima da média...

Empresas de Sorriso estão com 92 vagas de emprego

Empresas e indústrias sediadas em Sorriso estão admitindo 92...
PUBLICIDADE