A percepção de desaceleração das vendas no mês de abril levou o Índice de Confiança no Comércio a cair 2,9% no período de fevereiro a abril, em comparação com o mesmo período do ano anterior, informou hoje (3) o Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV). A queda supera a registrada no primeiro trimestre do ano (janeiro/fevereiro/março), 2,3%, também em relação ao ano anterior.
A percepção de que a demanda diminuiu foi verificada pelo Índice da Situação Atual, que havia variado 4,1% no trimestre encerrado em março, ante o ano anterior, e caiu para 0,7% quando analisados em conjunto os meses de fevereiro, março e abril.
No trimestre encerrado em abril, 16,9% das empresas consultadas avaliaram o nível da demanda como forte, enquanto 18,5% classificaram-no de fraco. No mesmo período de 2012, essas proporções eram 18,6% e 20,9%.
Apesar disso, o Índice de Expectativas, em relação às vendas, teve um avanço considerado expressivo pela FGV. Depois de ter caído 8,9% no mês março, ele teve redução da taxa negativa para 1,3% em abril. O resultado trimestral encerrado em abril também foi melhor que o do trimestre encerrado no mês anterior: -5,2% contra -6,4%.
De acordo com a pesquisa, 50,2% dos entrevistados no trimestre encerrado em abril preveem aumento das vendas nos próximos três meses, enquanto 5% esperam que o movimento caia. Em março, os números eram 45,2% e 5,5%, enquanto em abril do ano passado eram 60,6% e 5,2%. A previsão de 53,8% dos comerciantes para os próximos seis meses é que haverá melhora, enquanto 3,5% esperam piora.
No varejo, a variação negativa da confiança continua a aumentar, tanto no restrito quanto no ampliado. No primeiro, a variação verificada entre os anos de 2012 e 2013 passou de -2,3% para -4% na passagem do trimestre janeiro/fevereiro/março para fevereiro/março/abril. No segundo, o percentual passou de -2,8% para -3,6%.
O varejo ampliado teve uma queda mais discreta porque os dois setores que o diferenciam do restrito tiveram alta. O segmento veículos, motos e peças saiu de -1% para 0,7% na mesma base de comparação. Já o de material para construção reduziu a queda de -8% para -6,3%.