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Visitantes vão gastar R$ 14,3 mi na capital

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Eventos de negócios e técnico-científicos programados para serem realizados em Cuiabá nos próximos 8 meses deste ano devem injetar cerca de R$ 14,340 milhões na economia local. Entre maio e dezembro, a previsão é que 9,560 mil visitantes passem pela cidade, onde permanecem até 4 dias e gastam em média R$ 1,5 mil com hospedagem e alimentação. Estimativa é da Fundação Pantanal Convention And Visitors Bureau. No ano passado, esses eventos atraíram 26,550 mil pessoas à Capital, sendo que apenas 2 deles reuniram um público de 9 mil visitantes.

Superintendente executivo do Convention, Omar Lins Canavarros, comenta que o número de eventos captados costuma variar de um ano para outro, considerando que alguns são realizados a cada biênio, mas garante que o crescimento econômico de Mato Grosso desperta o interesse dos organizadores e que a escolha de Cuiabá como sede dos jogos da Copa de 2014 colocou o Estado num patamar mais elevado na escala de evidência. Ele nega, porém, que as dificuldades de mobilidade urbana com as obras preparatórias para o Mundial esportivo estejam afetando esse mercado. “Nós buscamos conciliar o tipo do evento com a nossa estrutura para recebê-lo”. Para ele, ainda é preciso intensificar a divulgação dos atrativos turísticos do Estado tanto dentro quanto fora do país. “Mas isso depende de mais investimentos do setor público”. Com essa massificação complementa, os visitantes permanecem mais tempo no Estado. “E isso favorece a economia da nossa região”.

Levantamento realizado pela Sebrae mostra que no até metade de abril foram recepcionados 90 eventos pelo Centro de Eventos do Pantanal. Diretora técnica do Sebrae, Eneida Maria de Oliveira, comenta que as perspectivas para 2013 “são ótimas” e que ainda há muitos projetos em processo de fechamento de contrato. “Com certeza iremos superar os números de 2012”. No ano passado foram realizados 364 eventos, aos quais compareceram 300 mil participantes. Com uma média mensal de 30 eventos por mês, foram gerados 15,332 mil empregos diretos no período.

Diretora do Sebrae explica que para garantir a captação dos eventos é realizado um trabalho conjunto com o Pantanal Convention and Visitors Bureau, que consiste na visita de técnicos a outros estados para atrair esses encontros para Mato Grosso. “A intenção é impactar positivamente a economia local e trazer conhecimento para nosso Estado”. Nesse processo são recebidas diversas visitas técnicas para conhecer melhor o território estadual e as vertentes de sustentabilidade e acessibilidade. Ela sustenta que o setor de eventos é um mercado em expansão e que Mato Grosso passou a fazer parte da rota dos grandes eventos empresariais, técnico-científicos e de entretenimento, principalmente esportivos.

“Mas é preciso enfrentar ainda alguns desafios para fortalecer mais esse segmento em nosso Estado, porque ele dinamiza 55 segmentos empresariais”.
Atuando com a organização de shows, o empresário Mário Zeferino concorda que esse mercado está em expansão, mas que os custos para o organizador de eventos ainda é alto. “Em Cuiabá temos poucas opções de locais para organização de shows e temos que montar palco, camarote e ainda tem os pagamentos ao Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição)”. Ele reclama dos valores cobrados pelo órgão em Mato Grosso. “Não tem um critério, porque se eu realizar aqui um show idêntico ao realizado em Mato Grosso do Sul, por exemplo, vou pagar 50% a mais para o Ecad”. Até setembro, ele irá promover na Capital 4 shows com artistas nacionais que devem reunir 25 mil pessoas.

Em Mato Grosso, o Ecad arrecadou R$ 1,940 milhão no ano passado com a cobrança de direitos autorais pelas execuções públicas no segmento de shows e eventos. Montante representou crescimento de 17,3% sobre 2011, quando foi recolhido R$ 1,654 milhão. De acordo com a gerente do Ecad no Estado, Márcia Marques, esse incremento nos valores é resultado da capilaridade na atuação do Ecad, que expandiu o número de núcleos próprios e agências credenciadas. “A crescente adimplência dos promotores de shows, que respeitam o direito dos criadores das músicas e pagam os direitos relativos aos shows que organizam, também é fator preponderante”.

Ela acrescenta que há um contínuo processo de identificação e cadastramento de usuários de música, para que fiquem adimplentes com os pagamentos dos direitos autorais. Além da ampliação no número de colaboradores em campo, a entidade passou a utilizar um equipamento (Ecad.Tec Som) que permite gravar toda a programação musical dos estabelecimentos, após ser fixado nestes locais. “Com isso, se promove uma distribuição dos direitos de uma forma ainda mais fidedigna para os artistas”. Em todo país, o desempenho da gestão coletiva musical apresentou, em 2012, um aumento de 14% na comparação com o ano anterior, tanto em relação ao valor distribuído quanto à quantidade de artistas beneficiados.

Nos últimos 5 anos, a distribuição de direitos autorais cresceu 73%. Celebração de alguns acordos corroborou para um aumento médio de 50% na distribuição oriunda dos cinemas. Mudanças na regra de distribuição do segmento “músico acompanhante” culminaram no repasse acima da média dos anos anteriores, com 27% de aumento em relação a 2011. Por fim, os valores repassados aos titulares que tiveram suas obras executadas durante shows apresentaram aumento de 26% ante 2011. Isso é consequência do crescimento da arrecadação de vários shows realizados em 2012, especialmente de artistas internacionais.

De acordo com pesquisa realizada pelo portal Filme B, responsável por mapear o mercado cinematográfico nacional e baseada num resumo do Database Brasil 2013, a capital mato-grossense foi a 10a cidade e a 4a capital brasileira em vendas de ingressos de cinema no ano passado, num ranking de 30. No intervalo de 12 meses, foram comercializados 1,468 milhão de bilhetes para as 16 salas de cinema existentes na Capital.
Considerando a população de 561,329 mil pessoas, o número de ingressos per capita correspondeu a 2,62. Entre as cidades que integram a lista, Barueri (São Paulo), ocupou o topo da relação, com 4,33 entradas por habitante e um total de 1,063 milhão. No ranking das capitais, o 1o lugar em vendas de ingressos de cinema foi assumido por Vitória (Espírito Santo), com uma média de 2,91 bilhetes.

 

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