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Vice-presidente terá que resolver embargo russo da carne mato-grossense

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Caberá ao vice-presidente da República, Michel Temer, buscar soluções para o fim do embargo que a Russia impôs a carne brasileira (suína, bovina e de aves) e, que afetou Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul. De acordo com a publicação do jornal Folha de São Paulo, o primeiro-ministro russo, Dimitri Medvedev, desembarcará no Brasil – juntamente com comitiva – após o carnaval para que o diálogo ocorra.

Conforme a publicação, frigoríficos dos três Estados estão com as vendas embargadas para o referido país desde junho do ano passado, por motivos sanitários. Outro problema a ser solucionado é quanto a carne suína, devido a uma nova exigência de um certificado atestando que a carne brasileira não tem ractopamina, aditivo aceito nos Estados Unidos, mas proibido na Rússia e na União Européia.

A última tentativa de por fim ao embargo ocorreu em dezembro do ano passado, quando a presidente Dilma Rousseff esteve em Moscou, reunida com o presidente russo Vladimir Putin. Na ocasião, nada foi acertado.

Outras suspensões
Além do embargo russo, a carne bovina brasileira também não está podendo ser comercializada com outros dez países. O anúncio foi recente e Mato Grosso acabou afetado diretamente pela proibição de vendas com a Arábia Saudita, Peru e China, que importaram US$ 53,153 milhões em produtos no ano passado. Valor 119,9% superior em relação ao negociado em 2011, quando somou US$ 24,1 milhões. Somente a China expandiu em 844,6% a exportação, saindo de US$ 1,568 milhões para US$ 14,817 milhões entre 2011 e 2012.

Em entrevista ao jornal A Gazeta, na última semana, o superintendente da Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, manifestou que o “embargo à carne brasileira é comercial e não sanitário”. Ele apontou ainda que um “vendedor não pode se dar ao luxo de perder cliente e nem aceitar que eles ajam arbitrariamente, comprometendo a imagem do controle sanitário brasileiro”. Dessa forma, para os produtores os embargos são “oportunistas”, uma forma de fazer pressão para comprar mais barato, já que não há justificativa técnica.

Também na última semana, o ministro de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, minimizou a situação da suspensão e destacou que é “só questão de tempo” até as negociações serem finalizadas e os produtos liberados. Ele apontou que as negociações estão ocorrendo diretamente com cada um dos dez países. “O Brasil vai cumprir todo o mandamento que precisa ser cumprido e vai defender o que lhe pertence”, garantiu.

 

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