Em 2012, os consumidores passaram a ter mais despesas pessoais e essa categoria contribuiu de forma importante para a inflação do ano passado, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que foi de 5,84% em 2012, abaixo dos 6,50% relativos ao ano anterior.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o grupo despesas pessoais apresentou inflação de 10,17% em um ano. Entre as principais altas de tal categoria, destaque para empregados domésticos, que inflacionou 12,73% no ano. No período, o cigarro apresentou inflação de 25,48%; excursão, de 15,25%; manicure, de 11,73%; hotel, de 9,39%; costureira, de 7,42%; e cabeleireiro, de 6,80%.
Transportes
O grupo Transportes registrou desaceleração entre 2011 e 2012, com a baixa passando de 6,05% para 0,48%. Em 2012, o grupo foi responsável por 0,04 ponto do IPCA.
Em tal categoria, o item automóveis novos foi o maior contribuinte para a queda, em função da redução do IPI. Este item deteve o principal impacto para baixo no índice (-0,21 ponto percentual). Os automóveis usados ficaram 10,68% mais baratos, exercendo impacto de -0,18 ponto percentual, o segundo mais baixo.
Os combustíveis, com -0,72%, também tiveram participação importante, já que o consumidor passou a pagar -3,84% pelo litro do etanol, com impacto de -0,04 ponto, e -0,41% pela gasolina, com impacto de -0,02 ponto no IPCA. Mas aumentos em outros itens pressionaram a taxa, com destaque para passagens aéreas, de 26%.
Alimentos e Bebidas
O grupo Alimentos e Bebidas registrou inflação de 9,86%, mais do que os 7,18% do ano anterior em 2,68 p. p.. Dono de 2,27 pontos percentuais do índice o grupo foi responsável por 39% da taxa. De acordo com o IBGE, a forte influência do grupo na inflação geral se deve à forte pressão dos alimentos consumidos fora do domicílio, cujos preços se elevaram em 9,51% em 2012, seguindo a alta de 10,49% observada em 2011.
Em tal categoria, o item refeição fora de casa também aumentou, 8,59%, exercendo o segundo principal impacto individual no IPCA do ano, com 0,4 p.p. Os alimentos de consumo no domicílio ficaram mais caros em 10,04%, em decorrência, principalmente, de problemas climáticos e subiram bem mais do que os 5,43% de 2011.
Outros grupos
No que diz respeito aos outros grupos analisados pelo IBGE, houve avanço nos grupos de Habitação (6,79%), Vestuário (5,79%), Saúde e Cuidados Pessoais (5,95%) e Educação (7,78%).
Os grupos comunicação (0,77%) e artigos de residência (0,84%) mostraram resultados relativamente baixos no ano. Os artigos de residência registram queda de 13,25% nos preços da televisão, de 5,17% no microcomputador e de 2,28% no preço do refrigerador.
Regiões
Entre os índices regionais, Belém registrou alta de 8,31% em 2012. A região teve o índice mais baixo em 2011 (4,74%). Na sequência veio Rio de Janeiro, com alta de 7,34%. Já o índice mais baixo em 2012, foi registrado na região metropolitana de São Paulo, com 4,72%.