Mato Grosso ocupa a primeira posição no ranking de exportação e extração de diamante no Brasil, segundo relatório anual do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM-MT), e primeiro lugar na produção de ouro destinado ao mercado financeiro. O Estado comercializou, em 2013, 38.895 quilates de diamante e 9,93 toneladas de ouro, segundo Metamat – Companhia Mato-grossense de Mineração. Desse montante, mais de 50% são provenientes dos garimpos, o restante foi extraído por mineradoras.
As cooperativas são grandes responsáveis por esses números e estão cada dia mais organizadas e preparadas para aumentar sua participação. Está localizada em Mato Grosso a segunda maior cooperativa em produção de ouro do país, a Cooperativa de Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto (Coogavepe), com quase quatro mil cooperados. “Ano passados nossos cooperados produziram 2,4 toneladas de ouro e este ano não vai ser diferente”, ressalta o representante do Ramo Mineral do Sistema OCB/MT, Gilson Camboim, e presidente da Coogavepe. Ele disse que “as cooperativas atuam fortemente na produção diamantes e representam cerca de 80% no garimpo de produção de ouro, mas infelizmente hoje ainda não temos como mensurar de forma concreta”.
O número de cooperativas atuando no setor é um emaranhado que precisa ser resolvido. Estão registradas no Sistema OCB/MT 6 cooperativas do ramo Mineral e uma filial de outro estado, no entanto, foram localizadas 19 cooperativas atuando no ramo mineral sem registro, e junto ao DNPM, 26 cooperativas possuem áreas para exploração de mineral. “Há uma falta de sintonia entre as diversas instituições e órgãos que atuam e regulamentam as atividades das cooperativas de mineração. Isso mostra um descompasso que reflete de forma negativa no setor”, disse o representante da Metamat – Companhia Mato-grossense de Mineração, Antônio João Paes de Barros. Ele ressalta que “as cooperativas na atividade garimpeira são importantíssimas e poderiam ser muito mais, principalmente para o estado que poderia tem um desempenho sócio e econômico muito maior do que é hoje e isso é gerado por falta de conhecimento”.
A informação é da assessoria da OCB.