As chuvas devem diminuir o ritmo da construção civil em Mato Grosso. Na região de Sinop, as empresas de cerâmica já preveem que a partir do final de janeiro, quando a temporada chuvosa se intensifica, podem faltar tijolos no mercado.
O empresário Cleverson Hoffman, representante de uma das maiores empresas do setor, disse que no início de ano sempre é esperada uma diminuição no ritmo. “Ainda não está faltando tijolos no mercado. Nós temos uma estufa coberta mas as cerâmicas pequenas ainda não tem, qela permite uma secagem mais eficiente nesta época”, explica.
Um funcionário de outra empresa destacou que se houver escassez de tijolos, pode ocorrer uma alta no preço do produto, que mantém o mesmo preço desde 2011, segundo ele. “Tudo subiu, salário dos funcionários, energia, combustível. Então está sendo esperada uma alta no preço, mas ainda vai ser discutido com o sindicato qual será o percentual”, explicou uma fonte.
Para o empresário Ozéas Roverotto, quem vai definir alta nos preços é o mercado. “Se a procura for maior que a oferta, a tendência é subir”. A empresa, que tem forte potencial em Sinop, ampliou a produção para atender a crescente demanda.
Além do fator climático, outra questão é que, com a construção de usinas hidrelétricas, pode faltar barro para a confecção de tijolos nos próximos anos. “Onde pegamos hoje nossa matéria prima, será tudo alagado”, expôs um empresário.
Em algumas empresas pesquisadas, o valor do milheiro de tijolos de 6 furos está na faixa de R$ 400 e o de 8 furos R$ 550.
(Atualizada às 09:04hs)