PUBLICIDADE

Setor público registra em agosto quarto déficit primário seguido

PUBLICIDADE

O setor público consolidado – governos federal, estaduais e municipais e empresas estatais – apresentou déficit primário de R$ 14,460 bilhões, em agosto, de acordo com dados divulgados hoje (30) pelo Banco Central (BC). Esse foi o quarto déficit primário consecutivo e o pior resultado para agosto na série histórica, iniciada em dezembro de 2001.

Em agosto do ano passado, houve déficit primário de R$ 432 milhões. Nos oito meses do ano, o superávit primário chegou a R$ 10,205 bilhões, contra R$ 54,013 bilhões em igual período de 2013.

Em 12 meses encerrados em agosto, o superávit primário do setor público ficou em R$ 47,498 bilhões, o corresponde a 0,94% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública e reduzir o endividamento do governo no médio e longo prazos. Neste ano, a meta para o setor público é 1,9% do PIB.

Ontem, ao divulgar o Relatório de Inflação, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, não respondeu se acredita que a meta de superávit primário será alcançada. Segundo ele, a pergunta deve dirigida a autoridades fiscais, uma vez que o BC considera, no Relatório de Inflação, o resultado primário estrutural, cálculo feito com base na exclusão de receitas e despesas extraordinárias. Por esse conceito, é possível dizer se a política fiscal é neutra, expansionista (aumento de gastos públicos) ou contracionista.

De acordo com o diretor, no Relatório de Inflação, divulgado ontem (29), o BC manteve a expectativa de que a política fiscal sairá da posição expansionista para a neutralidade, mas há “risco” de essa hipótese não se concretizar este ano. “Para 2015, as evidências indicam que nossa hipótese se confirmará”, acrescentou.

No mês passado, o Governo Central (Tesouro, Banco Central e Previdência) registrou déficit primário de R$ 11,951 bilhões. Os governos estaduais registraram déficit de R$ 2,475 bilhões e os municipais, superávit de R$ 139 milhões. Já as empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras, registraram déficit primário de R$ 173 milhões.

Em oito meses, o Governo Central registrou superávit primário de R$ 1,524 bilhão; estaduais, R$ 5,286 bilhões ; e os municipais, R$ 3,835 bilhões.

Os gastos com os juros que incidem sobre a dívida chegaram a R$ 17,016 bilhões, em agosto, e acumularam R$ 165,259 bilhões, nos oito meses do ano. Com isso, o déficit nominal, formado pelo resultado primário e as despesas com juros, ficou em R$ 31,476 bilhões, no mês passado, e em R$ 155,054 bilhões, de janeiro a agosto.

Hoje, a Secretaria do Tesouro Nacional também divulgou o resultado primário do Governo Central. Os números do BC diferem das contas do Tesouro Nacional. Além de incluir o desempenho fiscal de estados, municípios e estatais, o BC usa metodologia diferente para calcular o resultado primário. Enquanto o Tesouro contabiliza as receitas e os gastos executados do Orçamento, o BC faz os cálculos com base na variação do endividamento público. A diferença nos resultados do Tesouro Nacional e do BC costuma ocorrer devido a defasagens nos dados usados nos cálculos.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Mato Grosso segue com 2ª menor taxa de desemprego do país, aponta IBGE

Em mais um trimestre, Mato Grosso segue com uma...

Black Friday em Mato Grosso deve movimentar mais de R$ 500 milhões, aponta Fecomércio

Mato-grossenses devem gastar mais durante a Black Friday, conforme...

Sinop: sobe preço da carne, arroz, tomate, café e preço médio da cesta básica vai a R$ 854

O Centro de Informações Socioeconômicas (CISE) da Unemat, em...

Empresas de Nova Mutum ofertam quase 200 vagas de empregos

Diversas empresas e indústrias, entre as mais de 8...
PUBLICIDADE