PUBLICIDADE

Ibre-FGV prevê crescimento anual de 0,2% na economia

PUBLICIDADE

Pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) revisaram as projeções do cenário econômico para baixo, após divulgação de queda do Produto Interno Bruto (PIB) em 0,6%, no segundo trimestre do ano, na comparação com o primeiro trimestre. Os dados foram apresentados hoje (15) no seminário trimestral de Análise Conjuntural.

De acordo com o instituto, os dados do segundo trimestre confirmam que a desaceleração é forte, com queda na produção industrial há quatro trimestres, além de queda nos investimentos e na poupança. Com isso, a projeção dos economista é que o PIB cresça 0,1% no terceiro trimestre, fechando o ano com crescimento de 0,2%. De acordo com a pesquisadora Silvia Matos, do Ibre-FGV, a previsão há quatro meses era 1,5%, e já tinha sido revisada para 0,6%, caindo novamente com a divulgação do resultado oficial.

"O PIB veio um pouquinho pior no segundo trimestre, e a recuperação no terceiro trimestre está sendo bem mais fraca do que poderia ser, se fosse algo mais transitório, como o efeito Copa, de piora de expectativas. Parece que, realmente, a indústria de transformação está sofrendo mais. A gente tem visto uma melhora, mas é muito pequena e não compensa as perdas. A construção civil tem mostrado uma piora muito forte e o setor de serviços – que depende da renda de outros setores da economia – tem crescido cada vez menos. Então, ele não segura mais o crescimento do PIB, logo, o crescimento vai ser mais fraco mesmo neste ano".

Para 2015, a previsão do Ibre é que a economia continue com crescimento baixo, em torno de 0,5%, além de inflação alta, acima de 6%, como neste ano. Silvia destaca que o ano eleitoral impossibilita grandes mudanças econômica, masdiz que os ajustes fiscais precisam ser feitos em 2015.

"Para o ano que vem, estamos mais próximos de 1% (de crescimento do PIB), mas pode até ser pior, vai depender do que acontecer no cenário de ajustamento macroeconômico, que vai ser necessário. A inflação continua muito forte, o cenário externo continua desafiador, e para começar, o próximo governo vai ter que fazer um ajuste fiscal. A gente pode esperar um ano difícil ainda, no ano que vem, mas se os ajustes forem feitos, podemos esperar um crescimento maior nos próximos anos", acrescentou.

Apesar das previsões ruins, a pesquisadora explica que não se trata de recessão. "Recessão é quando vem um choque muito forte e a economia desaba. Agora, a economia desacelerou e não está voltando rápido, então, na média, é um crescimento mais próximo de zero. E para o ano que vem a gente espera um crescimento positivo, porque tem setores que ainda podem crescer, como os setores agropecuário, extrativo e a indústria de transformação, que caiu mais de 3% neste ano e deve ter alguma recuperação, porque tem essa coisa cíclica. Alguma coisa deve voltar, mas ainda não dá para esperar um crescimento acima de 1% para o não que vem – 1% seria para comemorar mesmo", disse ela.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Mato Grosso teve mais de 27 mil indústrias abertas no ano passado, segundo Jucemat

Dados da Junta Comercial de Mato Grosso (Jucemat) apontam...

Desenvolve MT fortalece linha de crédito empresarial com aporte de R$ 53 milhões

A Desenvolve MT, Agência de Fomento ao Desenvolvimento Econômico...

Participantes do Nota MT podem garantir desconto de até R$ 700 no IPVA 2025

Os proprietários de veículos automotivos participantes do Nota MT...

Pagamento do abono salarial PIS-Pasep será pago a partir de fevereiro; veja calendário

O pagamento do abono salarial PIS-Pasep 2025, referente ao ano-base...
PUBLICIDADE