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Mato Grosso precisa investir R$ 53 bilhões em infraestrutura logística, prevê CNT

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O Estado precisará investir R$ 53,7 bilhões se quiser melhorar sua capacidade logística. É o que aponta o quinto Plano Nacional de Transporte e Logística, da Confederação Nacional de Transportes (CNT), divulgado recentemente. O maior investimento em infraestrutura, cerca de RS 18 bilhões, seria para construir 2,7 mil km de ferrovias. Entre os projetos apontados pelo documento está a Ferrovia de Integração Centro-Oeste no Mato Grosso (FICO). Atualmente, o edital está sendo preparado para que a obra, orçada em R$ 6 bilhões, entre em processo licitatório. O projeto original estabalece que a Fico terá 1.065 km, ligará Lucas do Rio Verde a Campinorte (GO) e estima-se que deve derrubar em 30% os custos com transporte de grãos, madeira, combustível e demais produtos. Entretanto, a CNT ressalta que, para suprir a real necessidade de interligação do eixo leste-oeste brasileiro, o trecho deveria ter 1.365 km apenas no estado de Mato Grosso, com mais 265 km em Goiás. Os outros projetos de ligação ferroviária no Mato Grosso, apresentados pela CNT, são Rondonópolis a Cuiabá (220 km), Cuiabá-Santarém (807 km) e Vila Rica a Ribeirão Cascalheira (367 km).

O estudo também prevê que para construir, duplicar e pavimentar rodovias no Estado, o investimento será de mais de R$ 11 bilhões. Somente para recuperar rodovias existentes o custo seria de R$ 2,6 bilhões. Um dos trechos necessários para recuperação é o da BR-163 no trecho de Campo Verde a Itiquira (MT). Entre estradas federais e estaduais, Mato Grosso tem 7.587 km de malha viária.

Atualmente, a rodovia representa uma das únicas alternativas para escoamento da produção que segue, quase que em sua totalidade, para o porto de Santos (SP). No seu projeto, a CNT aponta que uma solução seria a interligação da BR-163 com a hidrovia Teles Pires – Tapajós, iniciando na região de Alta Floresta (Nortão) e indo até o Pará. Caso a hidrovia saísse do papel, a rodovia ficaria como principal via de escoamento de produção do eixo centro-norte, que vai de Itaítúba (PA) a Mundo Novo (MS). Com isso, a produção teria acesso ao porto de Santarém (PA), o que baratearia os custos com frete, uma vez que o trecho é menor.

O Produto Interno Bruto (PIB) de Mato Grosso ultrapassa R$ 71 bilhões. Somente com o imposto do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), Mato Grosso arrecadou em 2013 mais de R$ 800 milhões.

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