O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou alta de 0,80% em julho, mantendo o padrão crescente da inflação observado no mês anterior, que foi de 0,71%. Com relação aos itens que compõem a cesta de consumo, as maiores altas ficaram por conta da alimentação (3,81%) e da comunicação (3,74%).
Os economistas do Centro de Informações Socioeconômicas (CISE), da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), ressaltam que a inflação deste mês pode ser atrelada à alimentação, uma vez que este item possui importância significativa na cesta de consumo, quatro vezes maior que a comunicação. Para os pesquisadores, a alta nos preços dos alimentos é comum nesta época do ano devido ao período de entressafra, que reduz a oferta de alimentos, e também a localização da região, que aumenta o custo do transporte.
Dentre os alimentos que registraram maior alta, estão: a batata-inglesa (89,6%), o tomate (27,3%), os cortes de carne em geral e a alimentação fora do domicílio que ficou 17,5% mais cara este mês.
Já o destaque de baixa do período ficou por conta do vestuário (-5,63%), ainda refletindo a concorrência, a queda nas vendas e as trocas de coleção (liquidações). Apesar da queda expressiva no segmento do vestuário, esta não foi capaz de reduzir a inflação, pois, novamente, a alimentação possui importância cerca de três vezes maior que esse item na cesta de consumo.
O IPC acompanha o comportamento dos preços dos bens e serviços pagos pelos consumidores sinopenses. O índice tem como público-alvo famílias com rendimento entre 1 e 40 salários mínimos independente da fonte, em outras palavras, mede inflação nos preços dos produtos que as famílias dessa faixa de renda costumam consumir. A partir do IPC é possível medir o nível de inflação que o consumidor sinopense está exposto.
A pesquisa foi realizada na primeira semana de agosto.