A avaliação do consumidor brasileiro sobre o mercado de trabalho, medida pelo Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), recuou 0,6% entre junho e julho deste ano. Esse é o quarto resultado negativo consecutivo do índice, segundo dados divulgados hoje (8) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
De acordo com a FGV, o resultado sinaliza piora das condições do mercado de trabalho no país. Entre as quatro classes de renda analisadas pela pesquisa, a principal contribuição para o desempenho negativo do ICD veio da classe de consumidores com renda até R$ 2.100, que caiu 1,4%.
O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), índice da FGV que antecipa tendências do mercado de trabalho para os próximos meses, com base em entrevistas a consumidores e empresários da indústria e do setor de serviços, também teve piora. O Iaemp caiu 1,6% entre junho e julho deste ano.
Os componentes que mais contribuíram para a queda do Iaemp foram o grau de otimismo dos empresários da indústria em relação à tendência dos negócios nos seis meses seguintes (-8,8%) e o grau de satisfação desses empresários com a situação atual (-8,4%).