O Ministério do Trabalho ainda não resolveu o grave problema da falta de servidores na agência regional, que vem se arrastado desde o final do ano passado, causando transtornos para funcionários e empresas que precisam, por exemplo, fazer as rescisões quando o trabalhador é demitido ou pede demissão. A unidade estava, em janeiro, com apenas dois servidores fazendo este procedimento e, ontem, um profissional na área de vendas foi à agência para tentar a rescisão e constatou que apenas uma está trabalhando.
A unidade passou a fazer agendamentos das rescisões só que há muita demora. Não foi cofirmado quantos trabalhadores estão na fila de espera. "O tal agendamento que eles fazem é marcado em um caderno com folhas numeradas e havia 37 páginas até achar meu nome. Não tem data definida de quando será feita a rescisão. Eles seguem uma ordem de acordo com a chegada da pessoa pedindo a rescisão. Eu me desliguei da empresa dia 9 de maio e foi feito agendamento da rescisão. Já está próximo de completar um mês e não sei quando será feito", disse a fonte de Só Notícias. "A funcionária me disse que, para o final deste mês pode ser que saia. Se for cumprida essa previsão, vão ser quase dois meses de espera para que eu e muitos outros possamos entrar com pedido de seguro desemprego ou para sacar o FGTS (Fundo Garantia Tempo Serviço)", lamentou.
"Isso é grave. O ministério está na defesa do trabalhador. Mas que defesa é essa que o funcionário se desliga da empresa e tem que esperar 60 dias para fazer rescisão e conseguir obter benefícios previstos em lei ?. O trabalhador fica travado por causa dessa lentidão no Ministério do Trabalho em Sinop. Isso é um descaso tanto para o funcionário quanto para a empresa, que fez sua parte, cumpriu sua obrigação com o profissional e agora o governo não tem mínimo de estrutura para atender. A agência aqui é regional o que torna a situação mais vergonhosa", desabafou o profissional, que reside na cidade há mais de 20 anos.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) são algumas das entidades que já se posicionaram cobrando da superintendência estadual do Ministério dos Trabalho solução imediata para o problema. A direção ainda não se posicionou quando serão desginados mais servidores para Sinop.