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Dólar sobe e passa de R$ 2,43 em dia de decisão do BC dos EUA

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O dólar comercial fechou em alta de 0,3% nesta quarta-feira (29), a R$ 2,434 na venda. É o maior valor de fechamento desde 21 de agosto de 2013, quando a moeda norte-americana fechou a R$ 2,451. 

Segundo a BM&FBovespa, o volume de negociações no dia ficou em torno de US$ 1,5 bilhão.

A alta do dólar foi influenciada, no cenário externo, pela expectativa em relação aos resultados da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), que foram divulgados minutos antes do fechamento dos mercados brasileiros.

O Fed anunciou mais um corte de US$ 10 bilhões no programa de compras mensais de títulos, para US$ 65 bilhões. A decisão deve reduzir ainda mais a quantidade de dólares em circulação no mundo. Em dezembro, o BC dos EUA anunciou seu primeiro corte nos estímulos. 

A decisão vem em um momento de persistentes preocupações com a situação econômica brasileira e constante mau humor com mercados emergentes.

Para combater essa desconfiança, Índia, Turquia e agora África do Sul aumentaram suas taxas de juros na tentativa de conter a forte desvalorização de suas moedas.

No contexto brasileiro, a alta do dólar era pressionada pela briga antes da formação da Ptax de janeiro, taxa calculada pelo BC no último pregão do mês e que serve de referência para diversos contratos cambiais, gerando instabilidade no mercado.

Além disso, o Banco Central deu continuidade às suas intervenções no mercado de câmbio. De acordo com analistas entrevistados pela agência de notícias Reuters, os investidores especulam sobre em que momento o BC vai aumentar suas intervenções para conter a alta do dólar. A valorização da moeda norte-americana preocupa o BC, uma vez que tende a contaminar a inflação por meio do encarecimento de importados.

O Banco Central manteve seu programa de intervenções diárias no câmbio, com as novas regras anunciadas em dezembro.  

Agora, em vez de 10 mil contratos de swap cambial tradicional (que equivalem à venda de dólares no mercado futuro), são ofertados 4.000 contratos diariamente.

Nesta quarta, o BC vendeu todos os contratos ofertados, em uma operação que movimentou US$ 197,2 milhões. Dos contratos vendidos, 2.000 vencem em 1º de setembro e 2.000, em 1º de dezembro deste ano.

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