Para uns, 2014 será de muita festa ou descanso. Para outros, a principal “companhia” será a calculadora: uma tentativa de reequilibrar as contas com o prejuízo provocado pelos vários feriados e pontos facultativos. Seis dos 12 meses do ano estão comprometidos com folgas, entre elas, os dias de jogos da Copa do Mundo, avalia o diretor da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso (Facmat), Manuel Gomes.
O Carnaval, em março, abre o calendário dos meses em que o tempo de trabalho será reduzido, assim como o faturamento das empresas. Fotógrafo e contador, Wanderson Campos está preocupado com as datas que serão “perdidas” no ano. “Vai parar tudo. A clientela para também. Atrapalha a economia do Brasil”.
Conformado e nem por isso feliz, para o comerciante Armando Pavão, resta se acostumar aos tantos feriados brasileiros. Proprietário de uma empresa que vende vidros e espelhos, ele diz que não pretende estender os horários nos dias úteis para minimizar os prejuízos. Escolha que as indústrias não podem fazer.
“A indústria tem máquinas que se pararem, geram um alto custo. Qualquer feriado é prejudicial ao resultado. Para nós é ruim, só prejuízo. Este ano, vai ser pior que ano passado”, lamenta o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Jandir Milan, ressaltando que as empresas terão que aumentar o custo, pagando hora extra em dobro, principalmente nos dias em que o feriado for no meio da semana.