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BR-163 entre Sinop e Mato Grosso do Sul terá R$ 6,8 bilhões em investimentos

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O trecho mato-grossense da BR-163 vai receber R$ 3,9 bilhões em investimentos até 2019 e um total de R$ 6,8 bilhões ao longo dos 30 anos de concessão da rodovia. O valor a ser aportado é três vezes maior do que o investimento necessário para recuperar toda a malha viária do Estado, que de acordo com a Confederação Nacional de Transportes (CNT) seria de R$ 2,38 bilhões.

A concessionária aplicou R$ 1,2 bilhão nas as obras iniciais de recuperação de 450 quilômetros, duplicação de 100 quilômetros e implantação do Sistema de Atendimento ao Usuário (SAU). Até 2019, período que concentra as obras de duplicação da rodovia, estão previstos R$ 3,9 bilhões em aportes. Neste montante já estão incluídos os R$ 440 milhões a serem aplicados na recuperação e conservação do trecho de 108 quilômetros entre Várzea Grande e Rosário Oeste e para os trabalhos de conservação de 174 quilômetros, por um período de nove meses, entre Cuiabá e Rondonópolis. Estes dois últimos escopos foram acrescentados ao contrato de concessão pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em agosto deste ano.

Estes recursos serão viabilizados por meio de financiamentos bancários. Até o momento foram contratados empréstimos ponte, enquanto a empresa aguarda a aprovação do financiamento de longo prazo, previsto para o primeiro trimestre de 2016.

O diretor presidente da Rota do Oeste, Paulo Meira Lins, explica que os recursos aportados no Estado vão impulsionar a economia local, principalmente neste período em que a economia passa por turbulências. “É muito importante garantir a aplicação de recursos em épocas de retração, sobretudo investimos em obras que vão desonerar o custo da produção, como é caso da BR-163”.

Os desembolsos feitos pela concessionária vão garantir o emprego de até 5 mil pessoas no pico de obras, previsto para os dois próximos anos, a contratação de fornecedores locais, repasses de impostos para os municípios, além da atração de novos investimentos, como empresas que virão para região ou aumentarão a produção devido às melhorias logísticas.

“Quando uma grande obra como esta é realizada, os impactos são imensuráveis. Além de renda e desenvolvimento, o mais importante é a preservação de vidas. Investir em estrada é investir em pessoas”.

O investimento de R$ 6,8 bilhões ao longo dos 30 anos de concessão será viabilizado pela arrecadação de pedágio, que além de arcar com parte dos recursos investidos, também representa garantia para a concessão de financiamento.

A tarifa de R$ 4,53 a cada 100 quilômetros rodados foi definida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e corresponde ao valor inicial definido no leilão de concessão atualizado de acordo com a inflação registrada no período entre a assinatura do contrato e o início da cobrança. Também contempla o reequilíbrio contratual ocasionado pela Lei do Caminhoneiro, sancionada no início do ano, além da inserção dos novos trabalhos a serem executados pela concessionária.

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