Uma comitiva composta por 34 empresários industriais está em Brasília participando do 10º Encontro Nacional da Indústria (ENAI), reunindo cerca de 2 mil líderes empresariais, parlamentares e representantes do governo com objetivo de integrar as entidades e alinhar o direcionamento do setor industrial, debater temas como os desafios da economia, inovação e produtividade.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, falará sobre os desafios atuais da economia brasileira e o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles apresentará o cenário atual do país. O ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, encerrará o 10º ENAI, na quinta-feira.
Entre os empresários que participarão dos debates estão Paulo Stark, presidente da Siemens, Marcos Munhoz, vice-presidente da GM do Brasil e da GM América do Sul, Vijay Gosula, sócio-diretor da McKinsey Brasil, Astor Schmitt, acionista e executivo de Relações Institucionais da Randon, e Glauco Corte, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC). O painel que debaterá a agenda do Congresso para a criação de um ambiente mais favorável aos negócios terá a presença dos senadores Cássio Cunha Lima (PSDB/PB) e Ricardo Ferraço (PMDB/ES), e os deputados federais Bruno Araújo (PSDB/PE), Paulo Teixeira (PT/SP) e Celso Russomano (PRB/SP).
O ENAI é o maior fórum empresarial do país. O encontro, que ocorre anualmente desde 2006, discute os grandes temas nacionais e propõe ações capazes de criar um ambiente mais favorável aos investimentos e estimular o desenvolvimento do país. Neste ano, diante da crise política e econômica, o tema é Brasil: Ajustes e Correção de Rota.
"As dificuldades econômicas que enfrentamos são conhecidas. Agora, temos que olhar para frente. O país precisa caminhar para a correção de rota, de modo a restaurar os fundamentos macroeconômicos e elevar a competitividade", afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. Segundo ele, o reequilíbrio das contas públicas é indispensável para a recuperação da economia. “O Brasil precisa fazer mudanças estruturais para enfrentar de uma vez por todas a questão do déficit público. Não dá mais para aumentar impostos”, destaca Andrade.
Na avaliação da CNI, o controle efetivo e duradouro dos gastos públicos depende, especialmente, da eliminação de mecanismos automáticos e obrigatórios de aumento de despesas, como a vinculação de gastos e a indexação automática de benefícios ao salário mínimo. Outro ponto fundamental para o equilíbrio das contas públicas é a reforma da Previdência Social.
Mas o ajuste fiscal só terá efeito sobre a economia se for combinado com uma agenda voltada à redução dos custos de produção e ao aumento da produtividade. "Somente assim o Brasil terá condições de recuperar a confiança dos investidores, aumentar a produção, e gerar emprego e renda", afirma o presidente da CNI.
Para contribuir com a pauta de redução dos custos, a CNI reuniu 120 medidas de baixo impacto fiscal que podem ser implementadas em paralelo ao ajuste das contas públicas. Essas ações, que são decisivas para reduzir a insegurança jurídica e a burocracia, estão reunidas no documento Regulação e Desburocratização, já entregue ao governo.
A informação é da assessoria.