Uma empresa sinopense, que está no mercado da venda de aço desde 1999, acionou a Justiça para evitar de ir à falência. O pedido, publicado no Diário Oficial do Estado, foi feito sob a alegação de que o aumento desproporcional da taxa de câmbio entre dólar e real desestruturou as finanças da revendedora, uma vez que a matéria prima é adquirida em países asiáticos utilizando a moeda americana. “Os custos praticamente dobraram”, alegaram os sócios.
Segundo consta no pedido, com apenas três anos de existência, a empresa se tornou líder na comercialização de aço no Estado. Porém, a crise imobiliária dos Estados Unidos, em 2008, obrigou a companhia a importar a matéria prima de países asiáticos uma vez que o preço do mercado interno “ficou muito caro e sem competitividade”. Outra dificuldade citada é a recuada dos bancos na liberação de novos recursos para fazer frente ao pagamento do custo operacional. “Mesmo tendo fechado a filial de Tangará da Serra, o lucro não é suficiente para manter os resultados, impossibilitando assim de cumprir os compromissos”.
Ainda, cita o pedido, apesar de longos anos de atividade, a empresa não foi capaz de se afastar da crise econômica financeira em que se encontra, porém, “diante da importância das atividades que exerce a sociedade, faz-se necessária a oportunidade para que ela se reestruture”.
A medida é abordada na Lei de Falências e Recuperação de Empresas (LFRE), de 2005, e tem como objetivo viabilizar a superação de uma crise econômico-financeira. Durante a recuperação judicial, a empresa deve cumprir o estabelecido no plano apresentado ao juiz. Enquanto isso, as operações seguem normalmente e evita-se demissões em massa.