Este foi o número apontado pelo Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT) durante o terceiro dia da greve, que começou na terça-feira (6). No país são 8.763 agências com os atendimentos paralisados. Unidades de Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum aderiram ao movimento.
De acordo com nota do sindicato, os trabalhadores estariam sofrendo intimidações por parte dos bancos, porém, afirmam que não vão recuar. “As denúncias que chegam ao sindicato não ficaram sem respostas. Agências e centros administrativos de Cuiabá e Várzea Grande permanecem fechados nesta quinta-feira, enquanto bancos tentam burlar o movimento grevista, mas a união da categoria aumenta a cada dia”, avalia o presidente do sindicato e membro do Comando Nacional dos Bancários, José Guerra.
Esta tarde, a categoria realizou um ato de protesto em frente a agência do banco Itaú, na avenida 15 de Novembro, em Cuiabá. Segundo a assessoria, um gerente do banco estaria criando situações para simular que o sindicato impede que os trabalhadores entrem nas agências para trabalhar e convocando os bancários que aderiram à greve para retornarem ao serviço. “A assessoria jurídica do sindicato está tomando as providências cabíveis, neste caso, pois essa atitude afronta a Lei de Greve”, aponta nota.
Até o momento a Fenaban (sindicato dos bancos) não sinalizou nenhuma data para apresentar uma proposta para os trabalhadores. A categoria reivindica reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), PLR, piso e vales maiores, fim das metas abusivas e do assédio moral, medidas de segurança e outros itens.
No entanto, o setor ofereceu reajuste de 5,5%, o que, segundo o sindicato, representa perda de 4% diante da inflação.