O dólar comercial começou o dia em queda, mas inverteu a tendência ainda pela manhã e fechou esta sexta-feira (11) em alta de 0,69%, a R$ 3,877 na venda. Esse é o maior valor de fechamento desde 23 de outubro de 2002, quando a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,915.
Com isso, o dólar fecha a quarta semana consecutiva com valorização. Somente nesta semana, avançou 0,43%. No ano, a alta é de 45,83% e no acumulado de 12 meses, de 68,8% (há um ano, o dólar valia R$ 2,297).
Investidores estavam atentos ao cenário político e econômico brasileiro. Na véspera, a agência de avaliação de risco Standard & Poor's (S&P) cortou a nota da Petrobras em moeda estrangeira em dois degraus, de "BBB-" para "BB".
Com isso, a exemplo do que já havia acontecido com a nota do Brasil na quarta-feira (9), a estatal perdeu o chamado "grau de investimento", ou seja, deixou de ser considerada boa pagadora. O corte atingiu também outras empresas e instituições financeiras.
Na política, o mercado aguarda o anúncio de novas medidas para ajustar as contas públicas do governo. Fontes ligadas ao Planalto disseram à agência de notícias Reuters que alguns cortes de gastos administrativos devem ser anunciados na próxima semana.