O dólar encerrou a semana a R$ 3,86, com alta de 2,68%. A cotação é a mais alta desde outubro de 2002. Na semana, a moeda americana cumula alta de mais de 7%. Os últimos cinco dias foram de trajetória ascendente do dólar, que reagiu a incertezas políticas e econômicas e à crise chinesa. Hoje (4) dados sobre a economia dos Estados Unidos também contribuíram para a alta.
O desemprego nos Estados Unidos caiu para 5,1% no país em agosto. É o menor nível desde abril de 2008. A divulgação do índice reforçou a crença dos investidores de que o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) iniciará a retirada de estímulos da economia e aumentará os juros.
O dólar acumula altas desde o início da semana. Na segunda-feira (31) o Poder Executivo entregou ao Congresso Nacional a proposta orçamentária para 2016, com previsão de déficit primário de R$ 30,5 bilhões. Na ocasião, a moeda americana fechou o dia com alta de 1,17%, cotada a R$ 3,63. Na terça-feira (1°), o dólar ultrapassou passou de R$ 2,70 ao longo do dia, mas recuou e fechou o dia a R$ 2,688, reagindo à notícia de queda na produção industrial na China.
Na quarta-feira (2), em meio a boatos de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deixaria o cargo, o dólar continuou subindo e fechou a R$ 3,76. Na quinta (3) Levy cancelou viagem à Ancara, capital turca, onde participaria de encontro do G20 (grupo das maiores economias do mundo) para se reunir com a presidenta Dilma Rousseff. No mesmo dia, a moeda americana atingiu R$ 3,81, mas recuou e fechou em leve queda. Após reunir-se com Dilma, Levy decidiu ir para a Turquia e o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse que ele não deixaria o governo.