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Implantação de mineradora em Mato Grosso será debatida em audiência pública

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Uma audiência pública será realizada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), hoje, a partir das 19h, em Aripuanã (mil quilômetros de Cuiabá), para discutir a implantação de um projeto da Votorantim Metais no município. Este é um investimento de R$ 675 milhões, com previsão de início de operação para 2018, após a fase de licenciamento ambiental.

Conforme a superintendente de Infraestrutura da Sema, Mineração, Indústria e Serviços, Lilian Ferreira dos Santos, em termos gerais, o Projeto Aripuanã consiste na exploração e beneficiamento de zinco, chumbo, ouro e prata na Serra do Expedito, que fica a 25 quilômetros da cidade, onde há duas principais zonas mineralizadas (Arex e Ambrex), ambas próximas à superfície, que poderiam ser lavradas a céu aberto, mas com possibilidade subterrânea.

O estudo comparativo entre uma operação mista de mina céu aberto/subterrânea com outra somente subterrânea fez o empreendedor optar apenas pela subterrânea, tendo em vista os menores impactos ambientais e custo global para a operação subterrânea. “Na noite de hoje, a secretaria estará como equipe de apoio para o grupo empresarial apresentar à comunidade os estudos já realizados e os benefícios que eles trarão à região”.

Ela explica que as pesquisas geológicas começaram em 1993, quando a empresa assumiu o controle sobre a exploração mineral e, em 2004, a partir da associação entre as empresas Anglo American (Anglo) e Karmin Exploration Corporation (Karmin), formando a Mineração Dardanelos Ltda.

Desde 2004, esta empresa concentrou seus esforços na sondagem dos corpos minerais – Arex e Ambrex. As principais estruturas relacionadas à mineração e ao beneficiamento do minério foram consolidadas em um documento denominado Plano Diretor, em cujo layout geral se destacam: unidade de beneficiamento, pilha de rejeito, depósito de resíduos, paióis de explosivos/acessórios e barragem para armazenar água.

O empreendimento tem capacidade produtiva anual de 65 mil toneladas de concentrado de zinco, 25 mil toneladas de chumbo e quatro mil toneladas cobre, que serão enviadas para metalurgias no Brasil e no exterior para posterior refino. Em 15 anos, tempo previsto de vida útil da mina, a previsão de produção é de 1,8 milhões de toneladas de Run of Mine (ROM) ou minério bruto.

Na unidade de beneficiamento do minério do projeto, os processos serão de moagem, flotação e filtração, com a produção de três tipos de concentrados de cobre, zinco e chumbo, nos quais também se têm associado ouro e prata. O concentrado de zinco será transportado para Minas Gerais, por transporte rodoviário, para posterior refino nas unidades de Três Marias e/ou Juiz de Fora. O concentrado de chumbo será exportado e o concentrado de cobre poderá tanto ser exportado quanto enviado para outras indústrias brasileiras.

O empreendimento será instalado em região de baixa densidade populacional, na zona rural do município de Aripuanã, que é ocupada em sua maior parte por propriedades rurais de médio e grande porte, onde a pecuária e a indústria madeireira se destacam como as principais atividades da economia local, seguida pelas atividades de pequenas minerações e garimpos artesanais.

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