Os grandes aumentos nos preços de produtos, decorrentes da alta na inflação brasileira, têm impactado o consumo dos sinopenses. É o que aponta uma pesquisa feita pelo Centro de Informações Socioeconômicas (Cise) da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). Conforme o levantamento, cerca de 86% dos entrevistados tiveram seu nível de consumo afetado pela elevação nos preços.
Do total, 38% das pessoas responderam que foram obrigadas a reduzir a quantidade de produtos adquiridos. Outros 26% preferiram substituir as marcas mais caras por outras mais baratas. Cerca de 20% deixam de comprar o produto, enquanto que 16% faz a substituição por marca similar mais barata.
Para a maioria dos sinopenses, cerca de 42%, o grupo “alimentação e bebidas em casa” foi o mais afetado pela elevação nos custos. Aproximadamente 23% sentiram maior impacto em “habitação”, 15% em “vestuário”, 8% em “transporte” e 2% em “educação”.
A pesquisa foi encomendada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Sinop.
Conforme Só Notícias já informou, após queda em abril, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), ferramenta que mede a inflação, voltou a subir no município. Em abril, a inflação, que no mês anterior havia chegado ao seu “pico” no ano com 1,20%, fechou em queda, com 072%. Entretanto, no último mês, o índice registrou aumento e chegou a 0,78%.
No Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentou alta de 0,74%, ficando abaixo do índice sinopense. Apesar do resultado, no município o “aumento surpreendeu por não estar dentro do intervalo esperado pelo mercado, de 0,52% a 0,64%. Entretanto, essa relativa pressão de alta deve permanecer nos próximos meses”. Neste ano, o IPC de Sinop acumula alta de 4,31% e nos últimos 12 meses alcança 7,20%.