O Ibope acaba de divulgar nova pesquisa apontando que o Brasil não está no rumo certo. Ao menos é o que pensam 75% dos brasileiros entrevistados. É o maior percentual já registrado desde julho de 2014, quando 53% consideravam que o país estava no rumo errado. De lá para cá, a mudança de opinião ocorre, sobretudo, entre as pessoas de menor escolaridade, que possuem os menores rendimentos e com os moradores do Nordeste. Atualmente, 79% dos que possuem uma renda familiar de um a dois salários mínimos acham que o rumo do Brasil está errado, mesmo patamar dos que têm renda familiar acima de cinco salários mínimos.
No Nordeste 67% consideram que o Brasil não está no caminho certo, eram 35% em agosto do ano passado. No Sudeste, 80% pensam que o Brasil está indo para o lado errado, bem acima dos 58% de 2014. No Norte/Centro-Oeste, nesse período, o crescimento foi de 36 pontos percentuais (de 40% para 76%) e no Sul o aumento foi de 27 pontos percentuais (de 45% para 72%).
Além da opinião pessoal, o IBOPE Inteligência também perguntou aos entrevistados, de acordo com o que ele vê, lê ou ouve falar, se o Brasil está no rumo certo. Nessas condições, sobe para 82% os que declaram que o Brasil está no caminhado errado.
Satisfação com a vida
Como você diria que se sente com relação à vista que vem levando hoje? A resposta de 32% dos brasileiros é: insatisfeito, segundo pesquisas do IBOPE Inteligência. Esse percentual mantém o patamar de março, quando 35% deram a mesma resposta, e representa um aumento de 11 pontos percentuais na insatisfação do brasileiro na comparação com dezembro de 2014.
A insatisfação é mais intensa entre as pessoas com menor escolaridade, que ganham menos e com idade entre 25 a 45 anos.
Apesar desse aumento, a maioria da população (67%) se diz satisfeita com a vida que leva atualmente, também no mesmo patamar do mês passado, que era de 65%, porém abaixo dos 79% registrados em dezembro de 2014.
A pesquisa foi realizada entre 9 e 13 de abril de 2015, com 2.002 pessoas de 16 anos ou mais em 142 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, informa a assessoria.