Após 12 dias de bloqueios feito por caminhoneiros e representantes do setor de transportes nas BRs-163/364, em várias cidades do Nortão, e nas rodovias de diversos Estados, os postos e distribuidoras levarão aproximadamente 10 dias para normalizar o fornecimento de combustíveis no município. A informação foi confirmada por proprietário de uma rede de postos, ao Só Notícias. “As carretas ainda estão chegando de Paulínia-SP (onde estão as bases distribuídoras). Talvez não estejam sendo fornecidos determinados produtos em alguns postos, mas, se tudo correr bem, de 10 a 15 dias devemos voltar ao fornecimento normal”, previu.
Segundo a fonte, não haverá alteração nos preços cobrados pelos combustíveis. “A gente não subiu os valores durante as interdições, então, os preços permanecem”.
No atacado, na venda de diesel para fazendas e empresas, a normalização de estoques também pode levar duas semans. O dono de TRR (revenda) informou que, agora, apenas abastecimento de produtores está atrasado. “Deverá demorar uns dias porque ainda há muita demanda. O diesel já está aqui, porém falta entregar (em fazendas para colheita prosseguir)”, afirmou. Mas não tem produtores desabastecidos, como ocorreu na semana passada, deixando-os preocupados com possibilidade de perderem parte da safra de soja.
Conforme Só Notícias já informou, vários setores da economia foram afetados com o protesto dos caminhoneiros que durou 13 dias. Um deles é o de combustíveis. Desde a semana passada, houve falta de gasolina, etanol e diesel em várias cidades. Em Sinop, a maioria dos postos começou a receber cotas de combustível, neste final de semana, para abastecer veículos.
Até o dia 10 deste mês, os manifestantes mato-grossenses irão dar uma trégua nos bloqueios na BR-163/364, porém, nada impede que após esta data, se a resposta do governo não agradar a categoria, os bloqueios voltarem a ocorrer. Durante as manifestações foi cobrado tabela de preços mínimos para o frete, prolongamento da dívida dos Finames, dos contratos já firmados, a sanção integral da lei dos caminhoneiros que regulamenta a profissão, sem vetos, redução de 5% do PIS/COFINS sobre o preço do óleo diesel, a ‘liberação’ das multas aplicadas aos representantes do movimento de paralisação, entre outras questões.