A Companhia Norte de Navegação e Portos (Cianport), uma empresa de logística que vai operar portos e frota fluvial, com o objetivo de reduzir custos, no transporte de “comodities” como soja e milho, a partir do médio norte de Mato Grosso, utilizando o vetor de exportações do Arco Norte, deve entrar em funcionamento em junho. O empreendimento é construído por duas empresas – Fiagril (Lucas do Rio Verde) e Agrosoja (Sorriso)
As estruturas portuárias que a Cianport, em Miritituba (PA) e no Porto de Santana (AP), interligadas por comboios fluviais de grande porte, estão na reta final. Quando iniciar as operações, uma nova matriz multimodal passa a contribuirá de maneira dinâmica para melhores negócios das companhias investidoras e um número de outros negócios de prestação de serviços.
Localizada em uma posição geográfica privilegiada, a Estação de Transbordo de Cargas Itaituba, situada na margem direita do rio Tapajós, no distrito de Miritituba, conta com uma estrutura portuária completa composta de recepção, estação de análise, balanças, tombadores, elevadores de carga, silos graneleiros para armazenagem de 55 mil toneladas, esteiras transportadoras e terminal flutuante com capacidade para movimentar até três milhões de toneladas de grãos por ano. Implantação dotada das melhores práticas de sustentabilidade, principalmente pela utilização de grandes comboios fluviais que permitirão se chegar ao porto exportador com uma redução de 1.100 quilômetros na viagem rodoviária.
Em Santana, no Amapá, foi construído um Terminal de Grãos no Porto Organizado da Companhia Docas de Santana composto por: silos com capacidade para armazenar 54 mil toneladas de grãos, descarregador de barcaças, esteiras transportadoras, balança de fluxo e expedição, de modo a permitir o carregamento de navios de até 55 mil toneladas. O movimento anual poderia atingir 1,8 milhão de toneladas.
Na ilha de Santana será construído um Terminal de Uso Privativo (TUP) para movimentação de até 3,5 milhões de toneladas por ano e suas instalações serão: cais de 300 metros, equipamentos de descarga de barcaças, estruturas de carregamento de navios e esteiras transportadoras. O Terminal terá um retro porto com armazéns graneleiros e a indústria de processamento de soja (capacidade de três mil toneladas/dia) para a produção de múltiplos produtos, entre eles o óleo refinado, o farelo para rações e o biodiesel.
E complementado os investimentos de 24 barcaças (3mil/ton) e quatro empurradores (dois de 2400hp e dois de 4000hp) serão construídas mais 18 barcaças (3mil/ton), dinamizando o transporte fluvial em comboios e permitindo cumprir as metas da Cianport (inicial de 1,8 milhões de ton/ano e posteriormente após a construção do TUP Ilha de Santana, atingindo 3,5 milhões de ton/ano).
As ETC's dos distritos de Miritituba e Santarénzinho, e os Portos de Santarém e Barcarena, no Pará, além do Porto de Santana, no Amapá, e de Itacoatiara, no Amazonas são fundamentais na integração dos modais, pois sua localização estratégica vão permitir a implantação de diversos complexos portuários que integrados as frotas fluviais, navegando em comboios, irão reduzir as dificuldades hoje enfrentadas com a falta adequada de infraestrutura nacional, para escoamento das grandes safras.
A informação é da assessoria. O montante total investido no empreendimento não foi divulgado.