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Deputado por MT questiona metodologia de preços para combustíveis

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Líder da bancada federal de Mato Grosso, o deputado federal Fabio Garcia (PSB), questionou a política de precificação da Petrobrás e pede mais transparência ao órgão.  Ao apresentar uma análise sobre a variação entre o preço no Brasil e o do barril de petróleo, mostrou que a gasolina alcançou o maior preço da história. Isso, mesmo com o preço do barril do petróleo atingindo o menor valor dos últimos 10 anos. Enquanto o preço médio de um litro de gasolina no país é R$ 3,64, nos Estados Unidos a mesma quantidade custa R$ 1,30 (ou USD 0,35). Uma diferença de 180%, mesmo considerando a forte desvalorização do real.

Isso ocorre porque, na imensa maioria dos países, o preço do petróleo é o elemento mais relevante para a definição do preço do combustível. Um estudo estatístico comparando os preços da gasolina e os preços do barril de petróleo percebe-se que, no mercado americano, a cotação do petróleo explica 87% da variação do preço da gasolina. Já no Brasil, a análise confirma uma ligação de apenas 12% da variação de preço. “É como se a nossa gasolina não fosse feita com petróleo. O que a gente percebe é que falta racionalidade na política de precificação da Petrobrás. O Governo tem uma influência muito forte nos preços, e se utiliza desta influência de forma a alterar o preço de mercado”, afirmou o deputado, por meio de assessoria.

Para que se tenha uma ideia da falta de coerência entre o preço da gasolina e de sua matéria prima – o petróleo, se nós mantivéssemos a relação entre o preço da gasolina e o preço do petróleo vigente em janeiro de 2011, hoje o litro da gasolina deveria custar algo em torno de R$ 2,30, ou 40% menos do que os consumidores pagam para abastecerem seus carros. “Às custas de cada brasileiro, tem gente ganhando muito dinheiro com isso. Quem são os beneficiados por essa política? Quem toma essas decisões? Faz-se necessário uma política transparente para precificar o combustível no Brasil com menor intervenção do governo e das empresas estatais”, afirmou o deputado.

 

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