PUBLICIDADE

Secretaria de Fazenda de Mato Grosso esclarece mudanças no ICMS

PUBLICIDADE

Representantes da Secretaria de Fazenda participaram, hoje, da audiência pública, na Assembleia Legislativa, para discutir o Decreto 380/2015. De autoria do Poder Executivo, o decreto prevê mudanças na forma de cálculo do ICMS, adaptando a legislação de Mato Grosso à nacional. O chefe da Unidade de Relações Federativas Fiscais (URFF) da Sefaz, Último Almeida de Oliveira, fez a apresentação dos avanços trazidos pelo novo regime de tributação e reafirmou que a concepção do decreto não teve cunho arrecadatório. “Nós temos pontos a serem trabalhados que irão representar aumento na arrecadação”, reforçou.

Último Almeida destacou que Mato Grosso é hoje o único estado da federação que calcula o ICMS na estimativa carga média, por ramo de atividade, e que essa forma é considerada ilegal e inconstitucional, além de injusta, pois contribui para a concorrência desleal. “Um Estado não pode patrocinar a concorrência desleal", observou. Para acabar com essa anomalia, o Decreto 380 prevê que a carga tributária seja definida por produto, na venda, garantindo que o contribuinte pague pelo valor real da mercadoria, e não pelo valor estimado.

O coordenador da URFF também explicou aos deputados e empresários que compareceram à audiência pública que as distorções do atual regime tributário resultaram em mais de 195 mil processos administrativos em trâmite na Sefaz. O Governo de Mato Grosso também tem sofrido frequentes derrotas na Justiça quando é demandado por contribuintes, que reclamam da forma de tributação, que fere tanto a Constituição quanto a Lei do ICMS.

A insegurança jurídica do atual regime tributário chamou a atenção do promotor Mauro Curvo. Durante a audiência, ele destacou que não é possível Mato Grosso manter as regras atuais e defendeu mudanças. Ressaltou também a importância da arrecadação de tributos para o Estado, para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à população que mais necessita, e argumentou que é preciso cobrar um tributo que não penalize a classe empresarial, para que ela continue contribuindo para o desenvolvimento do Estado. O promotor também defendeu o diálogo entre os envolvidos.

O deputado Wilson Santos, líder do governo na Assembleia, reconheceu que debater cobrança de impostos gera desgaste, mas avaliou que Mato Grosso está sendo obrigado a se adequar à realidade nacional. Informou ainda que recebeu do vice-governador Carlos Fávaro a orientação de que o decreto só entrará em vigor quando os setores do comércio e indústria, além dos contabilistas, tiverem as informações necessárias acerca dos novos procedimentos.

O Decreto 380/2015 foi publicado em 29 de dezembro de 2015 e deveria entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2016. Sensível aos argumentos da classe empresarial e contabilistas, o governador Pedro Taques adiou a entrada em vigor por 90 dias. Desde então, a equipe técnica da Sefaz vem se reunindo sistematicamente e em separado com os representantes da indústria, comércio e contabilistas para dirimir dúvidas e mostrar os avanços que serão obtidos com as novas regras. As conversas também estão ocorrendo no interior do Estado.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Com desempenho acima da média nacional, produção industrial de Mato Grosso cresce 4,6%

Mato Grosso registrou crescimento de 4,6%, acima da média...

Empresas de Sorriso estão com 92 vagas de emprego

Empresas e indústrias sediadas em Sorriso estão admitindo 92...
PUBLICIDADE