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Dois presos por extração ilegal de madeira no Nortão. Índios fazem reféns

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Durante a operação da Polícia Federal e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos renováveis (Ibama), na região do Parque Nacional do Xingu, próximo a Nova Ubiratã (160km de Sinop), cerca de 120m³ de madeira irregular foram apreendidos, pois estavam sendo retirados e transportados, sem guia de Autorização para Transporte de Produtos Florestais (ATPF), em dois caminhões e uma carreta, também apreendidos.

Segundo informações do técnico ambiental e coordenador da operação, Jorge Gotardo Waterkemper, 5 pessoas foram detidas sob a acusação, além de retirada irregular de madeira, de grilagem de terra, caça ilegal de animais silvestres, e porte ilegal de arma de fogo. Entre os detidos, está o proprietário da Fazenda Fávero, Marcelo Alberto Fávero, onde estaria a madeira; Sidnei Medeiros que trabalharia para Marcelo e 3 motoristas que dirigiam os caminhões.

Com Marcelo, foi apreendido um revólver calibre 38 e com Sidnei, outro revólver. Ainda foram encontradas peles de animais silvestres como onça e veado. Os agentes da Polícia Federal e do Ibama também encontraram alguns livros de controle de orçamento que dão indícios de que pessoas estavam trabalhando em regime de escravidão.

“Nós não pegamos ninguém trabalhando, mas encontramos um controle feito em livros que comprovam a possibilidade de trabalho escravo. Registros como a compra de uma carteira de cigarro feita por algum funcionário. Essa questão ainda está sendo investigada”, explicou Jorge, ao Só Notícias.

Em cada um dos 2 caminhões foram apreendidos cerca de 30m³ de madeira e na carreta foram apreendidos cerca de 60m³ de madeira. Todas da espécie Itaúba.
“Acredito que em cada caminhão tem uma ou duas toras, mas são de diâmetros grandes. A retirada era feita de forma seletiva, ou seja, somente daquelas árvores de 1ª qualidade, retas e que não necessitam de muitos reparos”, afirma.

Uma equipe de cerca de 20 pessoas, com o auxílio de um helicóptero, está trabalhando na operação. Agora os fiscais estão monitorando a região para delimitar qual a extensão da área que foi desmatada e que estava sendo grilada.
“A localização da área é bem em torno da reserva indígena. Mas como foi desmatamento seletivo fica mais difícil de saber qual sua extensão. Agora estamos fazendo monitoramento via satélite”, acrescentou Jorge.

Reféns
Três funcionários da Fundação Nacional de Índios – FUNAI-estariam sendo mantidos reféns pelos índios do Xingú que teriam ficado revoltados com a demora em tomar providências sobre a extração de madeira de suas áreas. A fundação não informou a identidade dos servidores que estão em poder dos índios. A Polícia Federal confirmou a informação.

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