O Governo do Estado determinou nesta sexta-feira o fechamento da fronteira na região Sul de Mato Grosso para evitar a entrada de animais vivos (bovinos, suínos, caprinos, ovinos) provenientes da Região Sul do Brasil. O rigor se deve à suspeita de novo de febre aftosa em Toledo e Londrina, no Paraná. O bloqueio envolve maior atenção do governo para a divisa com Mato Grosso do Sul e Goiás.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Rural, Clóves Vettorato, a medida é um trabalho preventivo para garantir a sanidade das 26 milhões de cabeças de bovinos em Mato Grosso, o maior rebanho do Brasil, o que vai necessitar de atenção redobrada de todos os agentes e instituições envolvidos no controle da doença.
“O bloqueio é necessário e logicamente precisamos de uma logística. Por determinação do governador, todos os postos e pontos de barreiras já estão avisados. Estamos deslocando equipes de reforços para as barreiras”, diz.
Segundo o presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), Décio Coutinho, equipes do organismo sanitário já estão em alerta e passarão o final de semana monitorando informações e ações preventivas.
“Temos várias entradas para o Estado. Em função da nova suspeita de foco de febre aftosa no Paraná, nossas medidas de controle mudam. Há informação sobre foco não confirmado laboratorialmente entre Toledo e Londrina. É uma suspeita”, explica.
Segundo Décio, neste sábado pela manhã, duas reuniões vão avaliar os cenários do foco no Paraná e decisões a serem implementadas. Uma reunião será às 7h30 com os integrantes do Fundo Emergencial de Combate à Febre Aftosa (FEFA) e outra com o Grupo de Emergência Sanitária de Mato Grosso, às 9h. Todas serão realizadas na sede do Indea-MT.