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Nortão ganha sua primeira Unidade de Conservação particular

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Proprietários privados começam a fazer parte do esforço para proteger a região das nascentes do rio Xingu no Mato Grosso. O norte do Estado vai ganhar, em breve, a sua primeira Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) estadual: a Terra Verde. Com cerca de 7 mil hectares, a área fica localizada na divisa dos municípios de Feliz Natal, Santa Carmen e União do Sul, quase 600 quilômetros ao norte de Cuiabá, e é atravessada pelo rio Arraias, um dos formadores do Xingu.

A idéia de criar a reserva partiu dos fazendeiros José Peixoto de Oliveira e Rosely Quissini, que resolveram ceder parte de suas propriedades. No dia 9 de setembro, os dois assinaram um protocolo de intenções com o secretário estadual do Meio Ambiente, Marcos Machado. O governo mato-grossense tem 180 dias para finalizar o processo de criação da UC. Segundo Oliveira e Quissini, o local abriga inúmeros animais silvestres e espécies raras de árvores que precisam ser preservadas, como o cedrinho, a itaúba, a peroba e a sucupira. O Mato Grosso possui apenas uma RPPN estadual, a Vale do Sepotuba, no município de Tangará da Serra. Existem outras 14 RPPNs federais no Estado, totalizando 172 mil hectares protegidos (a maior área em termos absolutos entre todas as unidades da Federação).

O que é uma RPPN?
A categoria das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) foi criada, em 1996, para reconhecer oficialmente o esforço de preservação ambiental de muitos proprietários rurais em todo o País. Em 2000, a figura das RPPNs foi fortalecida pela Lei 9.985 (Sistema Nacional de Unidades de Conservação-SNUC), que transformou-a em um tipo de Unidade de Conservação (UC) de uso sustentável protegida pelo Estado. Neste tipo de área, o dono da terra continua sendo o proprietário, mas passa a contar com o apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), de outros órgãos públicos ambientais, de instituições científicas ou organizações da sociedade civil para desenvolver atividades ligadas à pesquisa, ao ecoturismo e à educação ambiental. Segundo o Ibama, existem, no Brasil, 403 RPPNs federais, totalizando mais de 435 mil hectares protegidos.

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