A juíza Maria Rosi Meire Borba, da 8ª Vara Criminal de Cuiabá, decretou a prisão preventiva do fiscal Ari Garcia de Almeida, ex-chefe da Exatoria de Fazenda de Sinop, acusado de envolvimento em esquema de sonegação de impostos de empresas. Ari e o fiscal Jamil Germano de Godoi estão foragidos desde o último dia 21, quando o Ministério Público desencadeou a Operação Quimera, prendendo vários empresários e fiscais estaduais. Dois empresários – de Sorriso e Lucas do Rio Verde- também foram presos e liberados após prestarem depoimentos.
Estão presos entre fiscais e empresários José Divino Xavier, Joana Aparecida Rodrigues Eufrasino, Antônio Nunes de Castro Júnior, Maria Elza Penalva, Leomar Almeida de Carvalho, Jair Félix, João Nicézio de Araújo e Antônio Carlos Vilalba. Eles tiveram prisões temporárias decretadas e agora são prisões preventivas.
Um promotor e um oficial de Justiça chegaram a vasculhar o hotel do fiscal Ari Garcia em Sinop e apreederam documentos e um compurador. Na chácara de um fiscal, em Rondonópolis, foram apreendidas centenas de terceiras vias de notas fiscais. Segundo o Ministério Público, os fiscais retinham as terceiras vias de produtos que estavam em carretas e caminhões e não eram lançadas no sistema de arrecadação de impostos da Secretaria Estadual de Fazenda. Segundo o MP, com isso o Estado deixava de arrecadar ICMs e os fiscais levavam propina.
O promotor Mauro Zaque, do GAECO – Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado- do Ministério Público- disse que outros empresários da região Norte podem ter envolvimento no esquema e não descartou novos pedidos de prisões.
O promotor calculou que passa de R$ 400 milhões o montante das fruades que vinham sendo praticadas.