Ontem era a maca. Hoje é o caixão. Continuam as atividades do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria, Construção e Mobiliário da região Norte (Siticom) em frente ao Ibama – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis-em Sinop. Uma equipe continua fazendo rescisões contratuais de funcionários das indústrias madeireiras.
Já é o segundo dia de protesto dos trabalhadores, contra a morosidade do Ibama em liberar os planos de manejo para as madeireiras poderem retirar matéria prima e voltar a trabalhar normalmente. Férias coletivas, corte de despesas, muitas foram as medidas tomadas pelas empresas para não fecharem as portas, mas mesmo assim, desde a operação Curupira, milhares de demissões foram feitas em toda a região. Só nos meses de junho e julho em Sinop foram mais de mil.
E as atividades não param. Hoje representantes de sindicatos devem se reunir novamente para preparar o grande movimento que será realizado amanhã, em vários municípios do nortão. Já aderiram a paralisação Juína, Alta Floresta, Juara, Vera, “onde tiver posto do Ibama vamos fazer o protesto”, relata o secretário do sindicato, Eder Pecini.
Mais barracas estão sendo levantadas em frente ao Ibama, e pessoas fazem a limpeza da área para receber os trabalhadores amanhã. Passeatas, vigílias e manifestos não estão descartados.
Ontem, o presidente do Siticom, Vilmar Galvão, ficou seis horas deitado em uma maca em frente ao órgão, coberto com um lençol branco, retratando a ‘morte’ de milhares de empregos.