Há pelo menos quatro dias que a população de Alta Floresta não sabe o que é “ver o sol”. Uma grande nuvem de fumaça cobre o céu altaflorestense e deixa o ar seco, com baixa umidade relativa, além de aumentar significativamente a sensação de calor. E a situação pode ficar pior. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, durante o dia de ontem apenas em Mato Grosso, foram registrados mais de 700 focos de queimadas. Uma delas está bem em “cima” de Alta Floresta.
O pior é que o risco de aumentar o número de queimadas nas próximas 48 horas é muito grande. Um gráfico que mede o “risco de fogo previsto” coloca Mato Grosso em estado crítico. A umidade relativa do ar está entre 20 e 30%, bem abaixo do que é considerado “nível aceitável” para o ser humano, que é de 60%, segundo a Organização mundial de Saúde (OMS).
Para piorar a situação, além das “grandes queimadas” que estão prejudicando a toda a comunidade, existem ainda as queimadas urbanas que estão se alastrando cada vez mais. Na entrada da cidade, ontem à tarde, ainda havia sinais de fumaça em função de uma área que queimou, aumentando o nível de fumaça que está sendo respirado em Alta Floresta.
Recentemente a prefeitura de Alta Floresta, junto com diversas entidades civis organizadas e a uma ONG, assinaram um protocolo de prevenção ao Fogo.
Na prática, pelo menos até agora, não houve resultado de tal “parceria”, uma vez que é crescente, a cada dia, o aumento de fumaça nos céus altaflorestenses. Pior para a prefeitura que vê aumentar significativamente o número de problemas respiratórios, maioria atendida no Hospital Municipal.